sábado, 14 de setembro de 2013

MORAR EM ECOVILA - Dois convites para você morar ou ajudar na formação de duas ecovilas - Uma de transição, no interior da Bahia e outra, uma mini-ecovila social junto aos sem-terra, em São Carlos-SP - Outras ecovilas, de outras naturezas, no futuro - Centro de Estudos e Divulgação de Ecovilas - Morar um certo tempo em ecovila - Conhecer ecovilas - Conhecer o interior da Bahia - Conhecer os sem-terra - Modalidades de ecovilas - Ecovilas em formação - Ecovila que admite novos moradores - Ecovilas segmentadas - Procuro ecovila para morar - Modelos para uma Nova Humanidade

                                                                                                                                              
Grupo-Ambiente relacionado Grupo Ambiente Ecológico - Visite e Participe !!
E o Grupo/Fórum Ambiente Ecológico - Ecovilas

Olá !!

Criei esta página editável para conter informações atualizadas sobre dois convites :

A casinha de quatro cômodos foi construída
com tijolos queimados antes dos anos 50,

no interior da Bahia.
As flores amarelas são da quatro-patacas, um
arbusto silvestre cuja raiz é medicinal.
O menino Deuzimar, que amansou o bezerro,
já está rapazinho. As árvores já estão
grandes em 2013. 

Um, para você conhecer e passar quanto tempo quiser em uma chácara simples, na área rural e próxima de Lagoa Real-BA, com dez famílias de confiança e amigáveis por perto : neste lugar, vamos fundar uma Ecovila de Transição no início de dezembro/2013.

O outro é vir lutar comigo, junto aos sem-terra e o Incra, para conseguirmos um ou mais lotes definitivos, nos quais, futuramente, construiremos uma Ecovila Social, Ecovilas Segmentadas e um Centro de Estudos, Divulgação e Experimentação de Ecovilas. O acampamento fica 9 km distante do centro de São Carlos-SP. Mais informações, abaixo.

Você também pode apoiar sugerindo melhorias e dando ideias, bem como contribuir financeiramente para este projeto(especifique).
Ver Contato e Contribuições Transparentes
Após 30/set/2013, você também pode entrar em contato participando do  Grupo/Fórum Ambiente Ecológico - Ecovilas, além de acompanhar as novas atividades dos dois projetos, notícias e compartilhar vivências e links sobre ecovilas. Faça login com sua conta do Google para aparecer a opção de participar.


Algumas atualizações sobre os dois projetos abaixo até 30/set/2013 :
-Recebemos uma contribuição para a compra de ferramentas básicas, 150,00, de um casal de amigos de Itapecerica de Minas.
-Uma segunda contribuição foi prometida.
-Nos dias 28 e 29/09, faremos mutirão, com 6 amigos confirmados, para o início da construção do primeiro cômodo em bio-construção, talvez um cob, aqui no acampamento, na mini-ecovila.
-13 pessoas estão perguntando sobre os projetos.
-4 pessoas já confirmaram vinda para conhecerem o acampamento em São Carlos no início de outubro.
-Uma pessoa confirmou sua ida a Bahia para "transitar" por alguns dias e dar os primeiros passos na construção da Ecovila de Transição.
-Hoje(24), os coordenadores do acampamento aceitaram a estratégia de enviar documento a vários órgãos e à mídia. Esta estratégia aumentará as possibilidades das famílias do acampamento serem assentadas logo.
-Hoje(26), graças também ao documento apresentado ao Incra, o superintendente de São Paulo veio a São Carlos propor  ao prefeito que seja realizado na fazenda da prefeitura um assentamento na modalidade sustentável ou florestal !!
- Amanhã, em 1 de outubro, ocorrerão importantes operações na fazenda ocupada. A principal é o Incra estar presente e ver que estamos plantando para provarmos que gostamos e merecemos a terra.
A partir de 1 de outubro, as novas atualizações estarão presentes no Grupo/Fórum Ambiente Ecológico - Ecovilas. Participe para acompanhar, trocar experiências e conhecimentos, ou entrar em contato !! Para aparecer a opção de participar, antes faça login com sua conta do Google.


Ecovila de transição, no interior da Bahia - região centro, próximo a Caetité, Brumado e Livramento.

Tenho 5 hectares no município de Livramento de Nossa Senhora, a 8 km da cidade de Lagoa Real-BA, que estou doando para formarmos uma ecovila de transição, inicialmente. É ideal para amigos e amigas ecovileiros(as) que desejam conhecer o interior da Bahia, rico em sua cultura e costumes, de um povo amigo e aberto a inovações.

Potencialidades do lugar e da região
Projetos, por exemplo, culturais, de reflorestamento, de educação ambiental, de formas alternativas de agricultura são muito bem recebidos até mesmo pelas prefeituras. Alguns podem optar viver com simplicidade na área rural, em casinhas feitas com materiais do local, aprendendo com os moradores técnicas antigas de construção, de plantio e de pastoreio. Se o princípio for a auto-produção, a frugalidade e a moderação no uso dos recursos tecnológicos, é possível viver muito bem com uns 200,00 por mês.

Descrição
Este canteiro é uma das primeiras experiências
com a hermeticultura, que iniciei lá na beira do
rio, em 2007. Observe as pedras do rio que
seguram as tiras de plástico. Há uma reprezinha
nos fundos da casinha, onde a água da chuva
faz, quase todos os anos, uma lagoa
comprida de uns 200 metros e dura vários meses.

À noite, milhares de sapos coaxam uma algaravia
incrível !!
Veja mais fotos da Caroba e de Lagoa Real aqui.
Morei lá por quase sete anos - a localidade rural se chama Caroba. É uma antiga fazenda onde meu pai nasceu. Em sinal de resgate e reconhecimento de parentesco, primos de terceiro grau me deram uma casinha entre eles (moram em 10 casas distanciadas de 200mts, aprox.), em um terreno de 10.000 m2, na beira do rio intermitente São João. E, em outro local que precisa ser determinado, mais 5 hectares (podemos escolher um lugar de matas nativas !!). A casinha e o terreno menor poderão ser compartilhados inicialmente com uma possível sede de encontros da minha família.

Região de seca, mas não muito
Lá é semi-árido, porém não de seca extrema, se bem que ultimamente todo o nordeste está sentindo aumentarem os períodos de seca. Os dois primos mais velhos, ainda vivos, declaram que nunca o rio ficou mais de 4 anos sem correr água. E já fazem oito anos que não se vê mais os redemoinhos das águas turbulentas e os peixes vindos do lado do litoral pularem aos milhares na cachoeira da antiga represa construída por escravos no século XIX. As prefeituras tem feito esforços para recomporem as matas ciliares com a implementação de alguns projetos. Mesmo assim, o leito seco do rio, ladeado eventualmente por jatobazeiros e outras árvores frondosas, é um lindo e intrigante local de passeios, com bancos de areia, restos de madeira centenares, pedras interessantes  e rochas escarvadas pelas correntezas de tempos idos.

Água doce e água "saloba"
Mas não é tão ruim, assim, em relação à água : quase todas as casas tem cisternas de água da chuva de 16.000 litros e há um poço artesiano para outros usos da água (pois é "saloba"). Os moradores também fazem tanques e poços. Podemos aperfeiçoar sistemas de coleta e reserva de água, além de métodos alternativos de dessalinizadores. 

Celular, internet e transporte
Há também energia elétrica e telefone celular da TIM. O transporte para Lagoa Real é relativamente fácil. Na cidade de 6.000 habitantes (o município deve ter uns 15.000, morando a maioria na área rural) há um centro público com mais de 20 computadores, uma Lan-House e possibilidade de acesso à internet em escolas e outros locais públicos. Podemos, posteriormente, alugar uma casa na cidade por uns 100,00. A torre da TIM deve possibilitar internet, mas na Caroba seria necessário uma antena externa de alto ganho e um modem.
Todos lá dão carona, tem bicicleta, animais e o ônibus escolar que também transporta adultos gratuitamente. Aos sábados, que é dia de feira, passa um ônibus na Caroba, cuja passagem deve estar entre dois a três reais.

As verdes belezas do interior da Bahia
A caatinga de lá é rica em espécies nativas, como os umbuzeiros, as cagaitas, as imburanas (de madeira leve e durável, própria para escultura, etc....), as baraúnas, os jatobazeiros, os juazeiros, a catinga de porco (que produz um óleo aromático similar ao do pinho e o do eucalipto), a alfavaca do mato, o cravo (com aroma igualzinho ao cravo da índia, podendo se aproveitar toda a planta), o coco licuri, o coaçu (a uva do sertão, que dá um vinho delicioso) e muitas outras.

Pássaros e animais
Há bandos de pássaros no início das chuvas. Infelizmente, não se vê mais animais como antigamente (tinha até emas), mas encontram-se ainda macacos "suims" e lagartos grandes. Ainda há algumas espécies de abelhas nativas, indígenas. Há muitas maravilhas por lá que clamam urgentemente por proteção, pois, infelizmente, o povo demora a tomar consciência e a voracidade de alguns proprietários rurais destrói até matas ciliares. No entanto, está melhorando e seria um campo fértil para se trabalhar com o resgate das tradições antigas, que não estão muito distantes, como por exemplo, as técnicas de se fazer casas de "adobão", o costume de se trabalhar em mutirão e as festas tradicionais de São João e da folia de reis. Todos os moradores de lá plantam e tem criações. Nos últimos anos eles tem perdido muitas safras. Temos de descobrir técnicas de economia de água, de variedades mais resistentes, de opções para outras formas, como a agro-floresta de umbu e outras árvores frutíferas do semi-árido.

Produção de vídeo, cultura e turismo
Quem gostar de produção de vídeo e documentários culturais, lá também é um palco riquíssimo, expresso todo ano na festa da vaquejada, no primeiro final de semana de junho, além dos costumes e outras tradições da região. Um lugar perto, por nome de "Gerais", é um oásis no meio do sertão : tem até pequi e gabiroba, plantas do campo aqui da região sudeste. Há engenhos de rapadura, "tijolo" e pinga. É que os Gerais ficam em um planalto (ou chapada). A chapada Diamantina também fica perto, a uns 80 km, iniciando no velho município de Rio de Contas (região turística). Na feira de Lagoa Real, aos sábados, vendem-se de tudo, até vassouras feitas de palha de coco e panelas de barro.

Vamos pra lá em dezembro ? - Contato
No início de dezembro, vou pra lá com dois objetivos : este, de iniciar uma ecovila e outro : encontrar com alguns parentes que estudam a história da família. O encontro da família vai ser na primeira semana de dezembro/2013, mas quem for pra lá para ajudar nos primeiros passos da construção da ecovila de transição, pode ir no início de dezembro e voltar lá pelo dia 20. Quem desejar ficar lá por mais tempo, pode, e seria muito bom. Podem me ligar !! Os telefones e o email estão no rodapé, em "contato".

Roteiros e custos da viagem
Roteiros e custos de passagem, depende de onde for a partida. Por exemplo, de São Carlos, no interior de São Paulo, gasta-se aproximadamente 450,00 para a ida e a volta, em ônibus de "turismo" (mas são seguros!!) e uns 40% a mais em ônibus normais. Para a estadia lá, creio que o custo diário de alimentação seria em torno de 5,00 por dia. A gente cozinha em fogão à lenha na casinha rebocada à mão, por dentro, com barro cinza-claro. Os umbuzeiros estarão em plena carga, madurinhos !! Além de chupar e fazer suco, podemos fazer doce e trazer. Quem sabe, este ano a água do rio vai correr !!

Vamos juntos no início de dezembro passar uns dias por lá ?!!....Quem quiser ir de mala e cuia, já pode ficar morando, pois a casinha está desocupada !!


Ecovila Social, Outras e Centro de Estudos e Divulgação de Ecovilas em São Carlos-SP

Plano geral
Olhem que coincidência : há dias venho plasmando esta ideia de convocar amigas(os) para também construirmos inicialmente uma Mini-Ecovila e futuramente uma Ecovila Social e outras, aqui perto de São Carlos, onde moro em um acampamento há 3 anos e, ontem, o meu pequeno grupo de 30 famílias, e um outro de 10, resolveram ocupar novamente uma fazenda da prefeitura, de aproximadamente 350 hectares, perto daqui. A nossa chance com esta fazenda não é muito grande, pois é rica em biodiversidade e lá nascem alguns braços de um córrego de águas cristalinas. Achamos que somente será possível se for um
A maioria das galinhas que ajudo a criar
 são da vizinha. Estas duas frangas são as "Tiutiururu".
Criei-as dentro do barraco desde pintainhas
de dois dias, pois a sua mãe e irmãzinhas
 morreram em uma tempestade.
Quando mais novas, vinham me visitar e
às vezes ficavam em cima da cama. Eu deixava
só um pouquinho !!
assentamento agro-ecológico ou florestal. Estamos lutando por isto, e seria muito bom que amigos e amigas alternativos se engajassem nesta luta. Assim, além de sair o meu lote (geralmente, em torno de 4 hectares), sairia também mais lotes em nome de outros. Então, a nossa futura Ecovila Social poderá ser maior e podemos criar tantas ecovilas diversas quantos lotes saírem. Vai ter "cola" pra todo mundo : para os alternativos culturais, os vegetarianos, os vegans, os místicos, os espiritualistas, os libertários, os mais filosóficos, etc.... !! Os grupos de sem-terra estão lutando para conseguirem que o assentamento fique o mais perto possível de São Carlos. Também, sozinho, não é muito fácil. É necessário manter presença, plantar e criar e, se em grupo, as possibilidades aumentam.


O acampamento e o assentamento onde tudo vai começar
O acampamento onde moro já é uma pequena vila, pois o Incra está demorando a nos direcionar terra. Já tem energia elétrica e água de um mini-artesiano que fizemos. Este acampamento mais velho fica na futura área comunitária de um assentamento já existente à nossa volta, onde estão de radicando 82 famílias. Está acontecendo neste assentamento um curso de olericultura orgânica e outro de produção orgânica de tomate. Um grupo de assentados está montando uma cooperativa de plantio de cana e fabricação caseira de rapadura e açúcar mascavo, além de hortas orgânicas. Os alunos da Usp estão construindo uma casa ecológica no lote do Gilson e da Meiry, um casal de cabeça feita !! Há muitas possibilidades de projetos por aqui : rádio livre FM, hermeticultura, bio-construção, permacultura, agro-floresta, etc, além dos culturais, artesanais e artísticos, tanto com as famílias de acampados, como com as dos assentados, e também na cidade, com a Veracidade, o Fora do Eixo, a Ramudá e outras associações e coletivos.
Pensei que os canteiros hermetizados
 fossem imunes a formigas.
E são, mas não se pode deixar
nenhuma frestinha. Principalmente
no período sem chuvas, elas
ficam vorazes por folhas verdes.
Este canteiro é de almeirão, e nele
está "chovendo" o dia todo !!
Uma das atividades produtivas
 garantidas aqui no acampamento :
 produzir mudas diversas, produzir
brotos comestíveis e verduras orgânicas.
 Todas utilizando as técnicas da
hermeticultura !!
Um projeto remunerado nas escolas
já está praticamente contratado.
Um manual também precisa
ser redigido e editado.


Há uma ocupação aqui perto, mas você, se não quiser ou não puder, não precisa participar
Hoje cedo fui marcar o meu lote da ocupação : uns 10.000m2, próximos do encontro de dois córregos de águas cristalinas que nascem bem perto. De um lado, um pequeno eucaliptal com bastante madeira que podemos usar e, do outro, uma mata nativa com várias frutas desconhecidas, além de gabiroba, araçá, etc....

Não precisa ter receios !!
A ocupação é estratégica e pode não demorar muito: visa pressionar os órgãos relacionados para que acelerem o processo da reforma agrária. Um dia sai terra pra gente, pois no acampamento mais velho onde moro, que fica nas proximidades de uma estrada, a terra é do governo federal e ele não vai pedir reintegração de posse sem nos assentar.

Vida simples, dinâmica e coragem
Mas pra aceitar este convite, você precisa ser simples, até um pouco rude e ser corajoso(a). Gosto muito daqui. O meu lote no acampamento de 3 anos é até grande pra mim. Tem uns 500m2(aumentado para 800m2 em 28/09) e o barraco fica sombreado por eucaliptos. Há espaço para mais uns três ou quatro pequenos barracos, ou  cômodos de bio-construção simples, pois aqui tudo é passageiro, como a nossa vida, dinâmica e aparentemente caótica em seus constantes movimentos. Dois lotes vizinhos estão sem utilização por enquanto, a não ser para os bichos e as aves !!

Níveis de compartilhamento
Vamos resolvendo como será a forma de nossa organização : se com economia isolada, apoio mútuo e participação conjunta em alguns projetos ou se com economia compartilhada. Há os prós e os contras, conforme nossas expectativas e possibilidades, bem como a natureza do espaço e o seu momento. Podemos escolher as duas coisas : uns mantem maior privacidade, inclusive em relação à parte financeira, e outros se aproximam mais, como uma família mais achegada.
Um dia desses, teve uma reunião aqui
em nossa sala ao ar livre para tratar das
Rádios Livres !! Improvisei um espaço
com 20 lugares para sentar, com sacos,
caixotes, sofá usado, tocos....e uma
assadeira a lenha no centro. A noite
estava fria, então fizemos quentão,
pipoca e assamos batatas !!
Devemos criar ambientes para todos !!


Respeitar o momento de cada um
Se você deseja viver de maneira simples e mais próximo à natureza, mas ainda não está bem preparado, ou se tiver receios de iniciar esta jornada junto a famílias de sem-terra, então é necessário respeitar o processo. Cada um passa pelo seu. Neste caso, podemos ajudá-lo(a) a se estabelecer na cidade e você vai construindo o seu espacinho aqui, aos poucos, e participando em atividades sempre que puder.

Como é aqui no acampamento
Eu e a vizinha, temos seis cachorros, um gato, dois casais de periquitos australianos, um marreco, uma pata, uma porquinha e um bando de galinhas. Deve ter umas seis com pintinhos. A maioria dos bichos são da vizinha e grande amiga, a Cleide. Ela é mateira, catadora de reciclagem e pescadora. Não como carnes há 23 anos, e não faz muito sentido criar galinhas, mas a maioria delas são da Cleide e as considero companheiras e aves de estimação. Se for adequado, a maioria das galinhas pode ser isolada com uma cerca. Lá fora, próximo aos eucaliptos, estou desenvolvendo os canteiros hermetizados, que serão motivo de projeto em quatro escolas. Em alguns tocos altos de eucalipto, planto pés de couve e almeirão japonês dentro de sacos de ração,
Olha que dia bonito na frente do barraco. Aqui pode
ser uma mini-ecovila temporária !! Quanto

mais simples for a sua forma de viver, mais
você estará contribuindo para a sustentabilidade !!
adotando a técnica da organoponia. Debaixo dos eucaliptos, também faço mudas de árvores, a maioria frutíferas. Há uma rede, uma pequena cozinha com fogão a lenha, uma caixa d'água e o meu barraco. Preciso protegê-lo da possível queda de eucaliptos, com mais cordas. A uns 100 metros começa uma mata de 20 alqueires que é a reserva florestal do assentamento. Tem bichos por lá e muitas plantas silvestres interessantes. 


A ocupação na fazenda da prefeitura
A ocupação na fazenda da prefeitura fica a uns 1500 metros daqui. Vamos continuar morando aqui e mantendo barraquinhos e plantios lá na ocupação. É um lugar lindo !!
Mas você não precisa participar nas atividades da ocupação, se não quiser.

Ongs parceiras e possibilidades de se ganhar dinheiro
A cidade de São Carlos fica a 5 km até a periferia e 9 até o centro. Podemos atuar com os amigos das Ongs Veracidade, Ramudá, Apasc, Fora do Eixo, Teia, Serena Terra, Jatobá Terra Prana, Ecovila Tibá, dentre outras. No final desta postagem há links para você conhecer estes coletivos. Podemos plantar verduras orgânicas, normais e hermetizadas (estas são melhores!!) e vender em feiras ou fornecer para a prefeitura, produzir mudas de árvores, fazer artesanato, prestar assessoria para hortas orgânicas caseiras, propor realizar projetos diversos, montar uma mini-fábrica de sabão caseiro, etc....Não é difícil vender estes produtos na cidade, pois tenho muitos amigos por lá. Aqui mesmo, podemos criar para os assentados vizinhos, e os acampados, uma moeda solidária e um ponto de venda de todos os produtos da roça, e outros, na beira de uma estrada que passa milhares de veículos, principalmente nos finais de semana, quando vão passear no balneário do Broa (uma grande represa a 11 km daqui)

Você também pode morar na cidade
Quem mora aqui no acampamento pode trabalhar ou estudar na cidade. Quem quiser participar da futura Ecovila Social, ou de outras, e tiver que morar na cidade, por qualquer motivo, pode contribuir em atividades nos finais de semana e/ou com recursos.

Adaptações com as famílias daqui
Há pessoas aqui que não gostam de árvores, de proteção à natureza, mas já estão mudando. Logo que cheguei, querendo plantar árvores nas frentes dos barracos, quase me
Este pé de couve cultivado pela organoponia,
os canteiros hermetizados, as galinhas livres
e as formigas fazem parte de uma mesma
experiência : provar que é possível animais, insetos
 e aves conviverem com plantas cultivadas
através de uma forma especial.
pegaram (!!), mas agora já são muito amigos e já ajudam a plantar árvores nas matas ciliares das nascentes da fazenda onde ocupamos. Alguns assentados vizinhos estão se esforçando para produzirem organicamente, e outros amigos na cidade estão preparando meios para que a produção seja escoada.


Potencialidades da fazenda ocupada
Lá na fazenda da prefeitura tem muitas potencialidades : utilização de energias limpas, produção orgânica, fábricas artesanais de óleos essenciais, de compotas e outros produtos feitos com frutas silvestres, extração sustentável de raízes e plantas medicinais, etc....Queremos convencer
a prefeitura e o Incra de que lá é possível ser estabelecido um assentamento especial, ecológico, um centro de pesquisas, uma extensão dos espaços verdes nas escolas e um espaço de educação ambiental à população !!

O que será necessário para morar de imediato
Se você ou sua família vierem para dar a sua força nesta luta, acho que vão adorar !! Para a construção de um barraquinho com madeiras reutilizadas e uma lona, creio que ficaria em uns 300,00. Para a compra de tambores ou caixa de água e fios, etc...., mais uns 200,00. Ou podemos construir casinhas só com taipa, adobe ou adobão !! Pode ser barraca grande, também, as de camping.

Recursos iniciais
Caso você só tenha o dinheiro da vinda, mesmo assim, entre em contato !! A gente solicita apoio dos amigos da cidade e de outros, tanto para a compra de alguns materiais, como para participarem em mutirão. Você pode vir passar apenas uns dias, também. Assim, você conhece e tem experiências inusitadas, além de ajudar a construir um cômodo para outros que virão depois.

Transportes
Acho o transporte daqui para São Carlos(5 a 9 km) mais difícil que da Caroba para Lagoa Real-BA : pra quem não tem carro, as opções são : a pé, de bicicleta ou de ônibus, mas o ponto mais
Olha aí o Peteleco, um dos seis cachorros. Há
também a Negona, a Neguinha, o Pretão, a  Sapeca
e o Scubydoo. Eles são, além de amigos,
segurança. No entanto, em três anos, nada
de ruim aconteceu que eu soubesse que
eles teriam evitado. Aqui é bem tranquilo,
embora à vezes ocorram revezes internos !!
próximo fica a um pouco mais de um quilômetro. Porém, qualquer pequeno sacrifício vale a felicidade que é proporcionada aqui e os ganhos futuros de lotes para fundarmos outra ecovila, de natureza social !! A quietude da noite faz seus sentidos admirarem o brilho das estrelas, o lume amoroso da lua e o cantar longínquo de pássaros canoros noturnos.


Celulares e internet
As quatro operadoras de celular tem sinal aqui no acampamento e lá embaixo, na ocupação. Internet por aqui, somente em modem de operadoras. Depois de testes, uso o da Vivo, mas é meio lento. Dizem que em dezembro virá a internet 4G. Estamos dando os primeiros passos para a montagem de uma Rádio Livre interligada com outras da cidade. 

Energias alternativas e captação de água
Podemos, futuramente, desligar a água e a luz da rua (de terra!!) e instalar captadores de chuva e geradores alternativos de eletricidade.


Para você conhecer mais sobre os sem-terra :

O Direito à Terra

Preconceitos em Relação aos Sem-Terra
Mostra, também, a potencialidade, e já relativa realidade, dos assentamentos serem um modelo para as sociedades humanas


Final

Vamos somando esforços, ideias e ideais. Creio que devamos criar ambientes diferentes de ecovilas, a fim de atenderem à diversidade de gostos e de consciências. 
Uma coisa temos em comum : o amor à natureza !!

Como entrar em contato
Vamos nos falando....Podem me ligar ou me escrever para saberem mais sobre os dois convites. As formas de contato estão aqui.
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Você pode vir morar nos dois locais disponíveis, pode morar por perto e ir construindo o seu espaço ou ajudando em atividades, pode comentar ou sugerir melhorias e enriquecimentos, e também pode contribuir financeiramente. Para contribuir, entre em Contribuições Transparentes para saber o que fazer e depois envie um email dizendo que deseja que aquela contribuição vá exclusivamente para o projeto das ecovilas.

Como está tarde e amanhã cedo devo ir trabalhar em nosso lote(!!!!), deixo pra depois colocar links para conhecerem mais sobre o interior da Bahia e aqui, no movimento dos sem terra, em São Carlos (mas não é do MST), é independente. Adicionei os links em 18/09 :  ecovila agrícola São Carlos assentamento agro-florestal São Carlos fotos da Caroba e Lagoa Real,  uma ecológica manhã de domingo hermeticultura,  modalidades de ecovilas....

Se você ler esta mensagem depois de dezembro de 2013, entre em contato também. Podem existir planos atualizados !!

Tô esperando !!....Abração e beijos....Luiz

Email, endereço, telefones atualizados 
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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O IMPOSTO ROXO - Como mecanismo para forçar a redução no consumo de produtos, bens, alimentos e serviços supérfluos e os não essenciais - Também por maior equilíbrio social/econômico - Necessidade urgente de contenção do consumo - "....Mesmo que reutilizássemos e reciclássemos 100% de todos os resíduos sólidos gerados pelo modelo de produção e consumo atuais (o que é quase impossível), estaríamos depredando seriamente nossa própria casa, o planeta terra, pois as energias e a manipulação de materiais e água, necessários ao processo de reciclagem, continuariam a causar danos ao meio ambiente...." - Tópico impossibilitado de ser postado no site E-Democracia, da Câmara Federal, na Conferência Virtual Nacional do Meio Ambiente / 2013

Grupo-Ambiente relacionado :
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Abaixo : tópico impossibilitado de ser publicado pelo site E-Democracia da Câmara dos Deputados, que hospeda o Fórum da Conferência Virtual Nacional do Meio Ambiente de 2013


Resíduos sólidos não são apenas perdidos nos 
lixões e aterros : tanto lixo, como materiais orgânicos
queimados, volatizam-se na atmosfera, poluindo-a, além
da fumaça e gases emitidos por veículos automotores. 
Todos os resíduos sólidos, líquidos, gasosos, 
energéticos e eletro-magnéticos deveriam
ser denominados "resíduos antrópicos".

Titulo do tópico : CRIAÇÃO DO "IMPOSTO ROXO"



Na Conferência Nacional do Meio Ambiente de 2013, os delegados aprovaram a moção do IMPOSTO ROXO para ser encaminhada aos ministérios relacionados e posteriormente ao Poder Legislativo


O IMPOSTO ROXO é apenas um nome fantasia no sentido de que não deve ser um novo imposto para se somar à alta carga tributária já existente no Brasil. O Imposto Roxo deve ser composto a partir dos impostos existentes, especialmente do IPI e do ISS.


MAIOR IMPOSTO PARA NÃO-ESSENCIAIS : IMPOSTO ROXO


"Que as leis existentes que se relacionam com a taxação de produtos, bens, alimentos e serviços aumentem o imposto aos itens menos essenciais e diminuam ou zerem os impostos dos itens essenciais. Que se consultem, aprovem, alterem e implementem novas leis, se necessário".



Justificativa :

A sociedade em geral, produtores e consumidores, deve pagar os custos ambientais gerados pelas atividades humanas de forma direta, através de uma parcela definida dos seus impostos para a recuperação ambiental, atendendo à Constituição Federal quando garante um meio ambiente saudável, condição imprescindível à vida e à sua continuidade.
Produção e consumo sustentáveis só é possível se ocorrer uma grande diminuição no consumo excessivo, especialmente dos produtos, alimentos e serviços denominados  não-essenciais e dos supérfluos*. Muitas das reservas naturais do planeta já estão exauridas e a grande manipulação de energias e materiais já trouxeram consequências desastrosas para o meio ambiente e os seres vivos. É chegada a fase necessária de inibir o consumo através de várias formas, e esta proposta - a criação do imposto roxo - é uma delas. Manter o apelo à consciência ambiental e manter os estímulos para a redução no consumo ainda são necessários, porém em maior profundidade. Esta é uma proposta inerentemente sócio-ambiental, pois agrega o princípio de que os consumidores de maior poder aquisitivo devem pagar mais pelos custos ambientais, promovendo, desta forma, uma maior justiça social.

*Produtos e serviços essenciais : todos aqueles que são necessários à vida, ao convívio social, às necessidades sentimentais, intelectuais, artísticas e culturais. Os essenciais tornam-se não-essenciais quando atingem um valor que excede a possibilidade de todos os seres humanos os possuírem. Por exemplo : um relógio pode ser essencial até o limite de R$100,00, convertendo-se em não-essencial quando supera este limite, e supérfluo quando o relógio é fabricado com materiais desnecessários ao seu perfeito funcionamento, como o luxo do ouro.
*Supérfluos : todos os produtos e serviços desnecessários, independente dos seus valores, como determinadas bebidas, o tabaco, etc e todos os essenciais e não-essenciais que agregarem materiais ou serviços de luxo. Por exemplo, um relógio de apenas R$80,00 pode ser considerado supérfluo se em sua fabricação foram utilizados materiais que visaram unicamente o seu design atrativo em detrimento de sua precisão e durabilidade.


Direcionamento do imposto roxo
Como a maioria das pessoas irá diminuir muito gradativamente o consumo excessivo, mesmo que produtos e serviços lhes custem mais, que este imposto seja direcionado exclusivamente para a construção de usinas de compostagem, produção de gás e fertilizante líquido; unidades de separação do lixo urbano; cooperativas de reutilização e reciclagem; indústrias sociais de materiais reciclados; subsídios às indústrias privadas deste setor; despoluição de rios, mares e outros corpos d'água, construção de aterros sanitários (os menores possíveis) em todas as cidades brasileiras (citado em ordem de prioridade), além de outras ações de recuperação e prevenção ambiental. A sociedade, incluindo produtores e consumidores, deve pagar os custos ambientais.
A nossa dívida com a natureza já está excedendo o razoável. É preferível "dar calotes" em dívidas contraídas entre os humanos, do que estes tornarem-se planetariamente inadimplentes com a fonte e continuidade de suas vidas, colocando em sério risco a sua sobrevivência.
Para compensar os impactos ambientais, que parte do Imposto Roxo seja "pintado de verde" e se destine ao apoio de produtores rurais comprometidos com a produção de alimentos e produtos agro-florestais, aos projetos de reflorestamento, de arborização urbana, de recomposição de matas ciliares, de recuperação de mananciais, dentre outros.


Porquê Imposto Roxo

A sugestão do nome "Imposto Roxo" é para lembrar a morte, tanto dos nossos rios, nascentes, mares e toda deterioração ambiental, como também lembrar as montanhas de resíduos sólidos desperdiçadas, poluentes e mortais geradas pelas cidades. Montanhas de resíduos sólidos, especialmente os orgânicos, reutilizáveis ou recicláveis, quando se perdem nos espaços públicos, nos quintais, nos lixões, nos aterros, nas águas ou no ar, também lembram a morte.
Mesmo que reutilizássemos e reciclássemos 100% de todos os resíduos sólidos gerados pelo modelo de produção e consumo atuais (o que é praticamente impossível), estaríamos depredando seriamente nossa própria casa, o planeta terra, pois a manipulação de energias, de materiais e de água, necessários ao processo de reciclagem, continuariam a causar danos ao meio ambiente. Não há outra alternativa, para solução eficaz no momento, a não ser reduzir drasticamente o consumo, porém, até que isto aconteça efetivamente, que a sociedade corrija e compense as consequências negativas ocasionadas por ela ao meio ambiente.


Interessante trabalho de dissertação da Dra. VÂNYA SENEGALIA MORETE SPAGOLLA, da Universidade de Marília - UNIMAR :
TRIBUTAÇÃO AMBIENTAL: PROPOSTA PARA INSTITUIÇÃO DE 

UM IMPOSTO AMBIENTAL NO DIREITO BRASILEIRO
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp072507.pdf



Abraços....Luiz Spinola

Agosto/setembro de 2013, com adições e melhorias em 31/10/2013, em 26/11/2013

Por favor, se copiar e divulgar, insira o link desta página.



Vamos comentar abaixo quais são os produtos e serviços considerados não-essenciais ? Este imposto seria embutido em outros, ou em um imposto único ? Se já existe este tipo de taxação, então o que é necessário ser modificado para melhorar ? Atualmente, sabemos quais são os critérios para taxação e onde são aplicados os recursos provindos ? Há uma gradação para produtos mais supérfluos e para os menos ?


Estas e outras questões, comente abaixo ou no Grupo Ambiente Ecológico !!




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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO INSUSTENTÁVEL - Apenas é possível desenvolvimento sustentável se o atual modelo de desenvolvimento for deixado de lado e um outro, realmente possível, entrar em cena - Desenvolvimento na horizontal - Na distribuição das riquezas do planeta - No crescimento das qualidades comportamentais que possibilitem a coexistência pacífica e integrada entre os homens e entre estes e a natureza - Comentário impossibilitado de ser postado no site da Conferência Virtual Nacional do Meio Ambiente / 2013 e transformado em artigo - Políticas públicas mais radicais para contenção do desenvolvimento econômico pouco inteligente, imprudente e destrutivo


A cor vermelha do texto é proposital para sinalizar a seriedade dos problemas ambientais que devem ser inteligentemente enfrentados pelas sociedades humanas.

Esta postagem foi oferecida como subsídio ao Abaixo-Assinado : "DESISTIR DO PRÉ-SAL É UM DIGNO ATO DE RESPEITO À GERAÇÕES FUTURAS"

"....e a adoção de técnicas de extração 

dos recursos naturais e transformação
de energias realmente sustentáveis...."
Mais de 50 estudantes do curso de
Arquitetura e Urbanismo da Usp de 
São Carlos-SP desenvolvem um
viável e bonito modelo de casa 
ecológica. Este modelo e similares
em todas as áreas, é que devem ser
priorizados e estimulados pelo
poder público, em contraposição
aos modelos de "Arquitetura
Sustentável", que oferecem asas
para um desenvolvimento
insustentável, quando inserem
pequenos itens de sustentabilidade
às construções convencionais.
Veja mais em "Arquitetura e
Assentamentos Humanos Sustentáveis"
O artigo abaixo é a tentativa de publicar um comentário no eixo Produção e Consumo Sustentável, no tópico "Créditos de carbono : para que e para quem" ?, no site E-Democracia da Câmara dos Deputados, que hospeda a Conferência Virtual Nacional do Meio Ambiente em 2013, por impossibilidade de postar devido a defeito no site ou software de segurança inadequado.


Paulo Giordanni Lima :
"Não tem mais sentido defender desenvolvimento sem sustentabilidade. Mas acho que o inverso também vale para os países em pleno desenvolvimento, a exemplo do Brasil. 
Entendo que crescer sustentavelmente pressupõe realizar/permitir ações positivas e negativas, concomitantes, em busca de neutralidade, de equilíbrio. Neste sentido, não há desenvolvimento inerte, e por isso acho que é justo criar mecanismos que neutralizem a força (inafastável?) do crescimento. Plantar árvores (positivo), neutralizando a poluição (negativo)... pelo menos até que haja crescimento que (de fato) possa acontecer com poluição zero".


MODELOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL E INSUSTENTÁVEL

Paulo Giordanni, !!

Vou analisar o seu posicionamento por partes :

"....Mas acho que o inverso também vale, para os países em pleno desenvolvimento, a exemplo do Brasil...."

OS PROBLEMAS E AS SOLUÇÕES SÃO DE TODOS OS PAÍSES
Não concordo, Paulo. Esta justificativa se baseia em que deve ser justo todos os países se desenvolverem até o estágio onde se desenvolveram os países do primeiro mundo. Ora, se o planeta já está em decadência pelos status econômico a que chegaram os países mais ricos, se todos os países tiverem que desenvolver até este ponto, então estaremos caminhando a passos largos para a destruição generalizada. É impossível desenvolvimento econômico sustentável seguindo o modelo que até hoje vem deplecionando as reservas naturais, poluindo rios e oceanos e provocando sérios desequilíbrios ambientais, mesmo que se mascarem o desenvolvimento dizendo que "queremos que ele seja sustentável". Mesmo porque, os países ricos não ficarão esperando que os países menos ricos ou pobres alcancem-os. Eles continuarão avançando em suas tentativas de predomínio econômico e destruindo ainda mais o planeta, permanecendo sempre as diferenças econômicas e, portanto, uma corrida aparentemente infindável para ver quem cresce mais rapidamente.
Por outro lado, as deficiências econômicas dos países pobres, e em desenvolvimento, devem ser completadas pela riqueza dos países desenvolvidos. Os mais ricos é que devem pagar a conta do meio ambiente, e mais : devolverem aos mais pobres as riquezas que por séculos lhes foram subtraídas.
Na verdade, este afã por desenvolvimento econômico, mesmo se escamoteado de "desenvolvimento sustentável", é o que está acelerando a chegada de desastrosas décadas de calamidades provocadas pela deterioração do meio ambiente planetário, além de impulsionar as convulsões sociais globais.


"....Entendo que crescer sustentavelmente pressupõe realizar/permitir ações positivas e negativas, concomitantes, em busca de neutralidade, de equilíbrio...."

A LEGITIMIDADE E A URGÊNCIA DE POLÍTICAS RESTRITIVAS E INIBIDORAS
Desta forma não ocorrerá nunca equilíbrio, pois as forças negativas são extremamente desproporcionais. Há que se inibir, sim, estas forças negativas. Um exemplo : se fazendeiros, outros criadores de gado (créditos de metano ?!!), proprietários de veículos e consumidores de energias que emitem CO2 forem deixados livres para "destruir menos o planeta", apenas através de apelos conscienciais e incentivos, então estaremos sendo pouco inteligentes e super imprudentes, pois estaremos preparando o insucesso de toda a civilização (a não ser que se imagine os mais abonados se mudarem para outro planeta !!).
Que os proprietários de terras, principalmente os que as usam como especulação, que se omitirem em, pelo menos, vigiarem suas terras para que não ocorram incêndios, que sejam multados em apreciáveis quantias monetárias.
Que os criadores de gado (grande produtor de metano) sejam forçados  a adotarem sistema de manejo que pelo menos diminua o metano e CO2 dos confinamentos, além, obviamente, de serem taxados em impostos a fim de serem direcionados à compensação ambiental. Mecanismos devem ser adotados para que o consumidor final não pague esta conta, porém se isto for inevitável, que a população se conscientize que é necessário fazer a sua parte para a recuperação do meio ambiente.
Que os proprietários de veículos também sejam taxados na proporção dos gastos com combustível e na proporção do tipo/estado do motor utilizado.
Que os utilizadores de energias provenientes de combustível fóssil também sejam inibidos a continuarem com o uso deste tipo de energia, através, também, de impostos e multas em casos de descumprimento de normas para eficiência energética, desastres provocados e outras situações que colaboram para a deterioração generalizada do meio ambiente.
Este posicionamento não é fantasioso e não é apocalíptico. É um mero raciocínio sistêmico, no espaço e no tempo. Temos de aprender a raciocinar colocando nossas mentes décadas à frente, pois nossas ações presentes poderão provocar danos expandidos no tempo, ou irreversíveis, para as gerações de nossos filhos e as futuras.
Estas ações mais radicais, aprovadas pela sociedade e implementadas pelos governos, tornam-se imprescindíveis, desde que a questão seja a sobrevivência não apenas de toda a vida no planeta, mas, logicamente, a sobrevivência da espécie humana. Esta é uma questão de vida ou morte e não pode mais ser relegada a tímidos mecanismos de conscientização e estímulos, pois nesta fase já estamos patinando há talvez mais de duas décadas.


"....Neste sentido, não há desenvolvimento inerte e por isso acho que é justo criar mecanismos que neutralizem a força (inafastável?) do crescimento".

QUAL MODELO DE DESENVOLVIMENTO É POSSÍVEL E, PORTANTO, SUSTENTÁVEL ?
A própria noção de desenvolvimento, nos dias atuais e no modelo que vimos seguindo, é contraditória. Quanto à "força inafastável", do desenvolvimento, concordo. Porém, que desenvolvimento ? Por natureza intrínseca dos seres humanos, somos instados ao desenvolvimento. A questão, agora, é definir qual tipo de desenvolvimento podemos seguir de agora em diante, sem que provoquemos nossa auto-extinção. O modelo atual, o do desenvolvimento econômico tendencialmente infindável e individualista, é provado ser destrutivo aos próprios seres humanos. De ora em diante, o único desenvolvimento possível, e realmente sustentável,  é o horizontal, onde clamam-nos necessidades de distribuição equitativa das riquezas, desenvolvimento das qualidades comportamentais benéficas à convivência social e ecológica, desenvolvimento de modelos sociais e econômicos solidários e de compartilhamento, desenvolvimento e adoção de técnicas de extração dos recursos naturais e transformação de energias realmente sustentáveis, em  interação com todas as formas de vida e com os ciclos naturais do planeta. E tudo isso, não apenas com a consciência focada no indivíduo, na família, no estado, no Brasil...., mas na imprescindível e "inafastável" consciência e cidadania planetárias.


"....Plantar árvores (positivo) neutralizando a poluição (negativo)... pelo menos até que haja crescimento que (de fato) possa acontecer com poluição zero."

O BRASIL ACORDAR TAMBÉM PARA AS QUESTÕES AMBIENTAIS
Sim, plantar árvores, ou melhor, deixar, também, que as existentes continuem e que hajam extensas áreas de recuperação natural, é meritório (positivo), mas que esta ação, de agora em diante, seja feita não apenas com os recursos provenientes dos incentivos (créditos de carbono, em questão - e outros), mas também dos recursos advindos dos impostos e multas especialmente criados(as) para a contenção deste processo imprudente e parco de inteligência para o qual a sociedade vorazmente caminha com seus olhos vendados. O Brasil deve acordar também para as questões ambientais e de sobrevivência, assim como está acordando para as sociais.

Grande abraço !!....Luiz

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