terça-feira, 12 de maio de 2015

RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS - Declarações de uma pós graduanda sobre a importância da reutilização através de compostagem e vermicompostagem - Declarações decorrentes de estudo acadêmico na Usp-São Carlos sobre resíduos sólidos orgânicos - Infelizmente muitos ainda acham que são dejetos que devem ser rejeitados em aterros sanitários - A importância dos biofertilizantes feitos a partir do lixo orgânico na recomposição de nutrientes dos solos agrícolas - Necessidade de políticas públicas mais mais decisivas e eficazes para o aproveitamento de resíduos sólidos orgânicos

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DECLARAÇÕES DE UMA MESTRANDA SOBRE A QUESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS
(em divulgação a seus amigos(as) no Facebook)
Publicado na íntegra com a autorização de Julia Guermandi - Usp de São Carlos



COMPOSTAGEM E VERMICOMPOSTAGEM
"Coletei mais de 2 toneladas de resíduos orgânicos em 18 restaurantes, fiz compostagem e vermicompostagem (minhocas) e um monte de análise físico-química e microbiológica do composto. O resultado foi esse : um biofertilizante bonitão que tá na figura.
Cerca de 60% dos resíduos orgânicos de nossas residências que poderiam ser compostados são levados aos aterros sanitários sem nenhuma forma de tratamento. Eles são misturados com outras substâncias com potencial de contaminação e acabam perdendo o seu valor. 




FAZER VOLTAR OS NUTRIENTES AO SOLO

Há muita falta de noção da importância em separarmos os resíduos, uma vez que espaço em um aterro sanitário custa dinheiro. Além disso, não utilizar esses resíduos como um potencial de energia é um desperdício, pois muitos solos brasileiros são pobres e com pouca matéria orgânica e nutrientes.



INFELIZMENTE HÁ OS QUE AINDA QUEREM DESCARTAR
Recentemente entrei num site relativamente renomado e li a seguinte informação:
“dejetos e rejeitos são palavras sinônimas utilizadas para definir o resíduo sólido que não tem a menor possibilidade de ser reutilizado ou reaproveitado, como é o caso dos produtos orgânicos, cabendo apenas descartá-los de forma ambientalmente adequada, em aterros sanitários devidamente controlados e monitorados”
Isso demonstra que ainda existe um grande desconhecimento/confusão a respeito do assunto, principalmente no que diz respeito aos resíduos orgânicos no contexto da Política Nacional de Resíduos Sólidos.


São Carlos - março/2015

Julia Guermandi

 

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quinta-feira, 30 de abril de 2015

MODELO DE PROJETO "DEJETOS HUMANOS E PLANTIO DE ÁRVORES" - Projeto ousado e pioneiro para ser adotado inicialmente por pessoas mais conscientes - Privada seca de balde - Banheiro seco para apartamentos e casas sem quintal - Reaproveitamento das fezes humanas, e urina, na adubação de árvores, preferencialmente frutíferas - Tratamento sustentável dos dejetos humanos - Aproveitamento dos resíduos sólidos orgânicos originados pelas fezes e urina humanas - Modelo de projeto que faz voltar ao ciclo natural os nutrientes orgânicos necessários às plantas - Baldes que acumulam dejetos humanos higienizados para serem usados em compostagem, em covas definitivas onde serão plantadas árvores - Parceria entre produtores de dejetos humanos, produtores rurais de frutíferas e responsáveis por áreas verdes comunitárias ou públicas - Economia de muita água - Justiça e sustentabilidade social - Plantio de muitas árvores - Reflorestamento facilitado por adubação a partir de dejetos humanos - Modelo para ser implementado em qualquer cidade, inclusive com parceria com a prefeitura




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PROJETO "DEJETOS HUMANOS E PLANTIO DE ÁRVORES"
(ou outro nome para este modelo)

Foto :  Milhares de árvores frutíferas, ornamentais e outras produtivas podem ter o seu plantio estimulado e facilitado pela adubação proveniente da compostagem de dejetos humanos no local definitivo do plantio que, de outra forma, continuariam a ser despejados em corpos d' água, poluindo-os e prejudicando seriamente os ecossistemas aquáticos. O meio ambiente em geral é beneficiado pela manutenção do ciclo de nutrientes e pela aumento das áreas arborizadas.


O texto a seguir (nesta publicação, com melhorias) foi proposto à Ong VERACIDADE, em São Carlos-SP, e serve como modelo para aproveitamento de fezes e urina humana na adubação de árvores, preferencialmente frutíferas. Postado no Facebook, na página do evento "Banheiro seco e....", da Veracidade :
https://www.facebook.com/events/763690120411301/


A PRIVADA DE BALDE
"Farei todo esforço para estar presente, mas se não for possível, aí vai uma sugestão para AQUELES MAIS CONSCIENTES que moram em casas sem quintal ou apartamentos : adotar a "PRIVADA DE BALDE". Uma casa com três pessoas acumula aproximadamente um balde de 20 litros por semana de dejetos misturados com serragem e cinza (ou serragem fina, capim picado, casca de coco triturada, folhas secas, etc.

OPERACIONALIZAÇÃO DO PROJETO
O balde de 20 litros é lacrado e colocado preferencialmente para tomar sol, enquanto aguarda os outros três serem enchidos. Uma vez por mês o participante no PROJETO "DEJETOS HUMANOS E PLANTIO DE ÁRVORES" leva na VERACIDADE (Ong coordenadora, com sede na cidade), ou diretamente nos sem-terra (ou outro local rural que entre na parceria), e deposita em buracos já prontos, tampando-os com 20 cms de terra. O parceiro rural, em seguida, ou quando tecnicamente for possível, planta uma muda de árvore - preferencialmente frutífera, em sua propriedade ou em áreas comunitárias.

CUSTOS GERAIS
Para isso, o participante deve comprar 8 baldes se preferir deixar quatro na Veracidade, ou comprar 4 se preferir ele mesmo levar na propriedade rural parceira. O custo dos baldes fica em torno de 4 reais cada (em maio/2015), se comprados em lotes. Se o participante gostar de pomares e reflorestamentos, ele mesmo(a) pode plantar a(s) muda(s) que, para este caso, o proprietário rural deve preparar ferramentas, mudas e estacas de proteção. O custo de participação no PROJETO "DEJETOS HUMANOS E PLANTIO DE ÁRVORES" pode ser inferior ao custo da água gasta em descargas convencionais.

URINA TAMBÉM
Opcionalmente, para aperfeiçoar, o participante pode também coletar a urina dos residentes da casa e, da mesma forma, enviar à Veracidade ou diretamente nos locais rurais combinados.

TAMBÉM HÁ MODELOS DE COLETORES SOFISTICADOS
Os modelos práticos dos coletores que atendem aos vários gostos e necessidades, e os seus detalhes, devem ser propostos e desenvolvidos pelos ativistas da Veracidade. Há modelos sofisticados, com suportes artísticos, exaustor e porções de mistura aromatizada de serragem fina com cinza de madeira.

CUSTOS DO TRANSPORTE
O custo do transporte da Veracidade para a área rural - caso o participante opte por deixar na Veracidade - provavelmente fique em RS2,00 por balde, pagos como frete a um terceiro, (ou R$0.50 para o parceiro rural, caso ele mesmo vá buscar pelo menos 15 baldes). Se este custo não puder ser absorvido inicialmente pelo parceiro rural, então o participante no projeto deve pagar e, opcionalmente, poderá no futuro receber descontos na compra de frutas do parceiro/produtor rural, ou ter outro benefício opcional.

ASPECTOS SANITÁRIOS
A disseminação de vermes intestinais e de bactérias patogênicas parece ser zero, atendendo às exigências sanitárias da lei ambiental referente.

VANTAGENS
Desta forma, o participante estará ECONOMIZANDO MUITA ÁGUA, RECICLANDO MATÉRIA ORGÂNICA ALIMENTAR, CONTRIBUINDO ECONOMICAMENTE COM OS PRODUTORES RURAIS E PLANTANDO MUITAS ÁRVORES !!
 
Luiz, 29 de abril/2015

Obs : Os detalhes técnicos e opções de operacionalização podem ser posteriormente publicados abaixo, como comentário, tanto pelo editor, como por você, preenchendo o campo de comentário. Sites de pesquisa podem subsidiar o aperfeiçoamento deste projeto. 


Participe do Grupo Ambiente Ecológico, comente e ajude a aperfeiçoar este projeto !!






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domingo, 9 de novembro de 2014

FALTA D`ÁGUA : DE QUEM É A CULPA ? - Texto inédito de Frederico Araújo Mesquita - Os responsáveis são os consumidores de água, que não economizam ? A culpa é do tempo, de influências extra-atmosféricas ? - Dos administradores ou dos políticos ?



Falta d’água: de quem é a culpa?

Frederico Araújo Mesquita



O caos metaforizado por José Saramago em sua obra “Ensaio Sobre a Cegueira” parece estar cada vez mais próximo. A não ser que, urgentemente, aceitemos que somos parte deste grande Ser chamado Gaia. Porém, simplesmente aceitar esta teoria, já não é suficiente. Será preciso implementar ações que invertam o atual modelo, sustentado na exploração, na produção a qualquer custo, no consumismo, no ter. Na sociedade moderna, ficou muito fácil possuir bens materiais, mas conhecer sua origem, saber como é produzido e o que isso acarreta de danos socioambientais, não há interesse.
 
Foto : Os seres humanos desnudam as superfícies continentais para suas criações e plantações. Só há uma saída para compensar tantas interferências que prejudicam o ciclo da água no planeta : consumirem mais alimentos e produtos que venham de árvores. No lugar de milhares de hectares de cana de açúcar, que se estabeleçam assentamentos humanos sustentáveis. Nesta foto, um grupo de sem terra ocupa uma fazenda de cana, cujo proprietário deve bilhões para o governo, fornecedores e empregados. 

Bem, a falta d’água está estritamente ligada com tudo isso. Enfim, todos começam a se preocupar com este bem essencial à vida (humana, vegetal e animal). No entanto, é triste que só comecemos a preocupar quando começa a faltar, quando deveríamos sempre cuidar desta riqueza mineral, que faz parte de nós.

SOMENTE ECONOMIZAR ?
A questão da falta de água, que se acentuou recentemente – devido ao longo período de estiagem e o grande número de rios que vem sumindo – só se agravou porque o assunto nunca foi tratado com seriedade. A começar pela falácia de campanhas institucionais que jogam a responsabilidade da água para o cidadão comum, pedindo para desligar o chuveiro e a torneira na hora de escovar os dentes. Não que seja desnecessária a colaboração de todos no cuidado com este recurso vital, e claro que a Educação Ambiental tem papel importantíssimo na escola. Mas, será realmente que a culpa maior é do cidadão comum, do pequeno agricultor, do microempreendedor? Ou será que as grandes mineradoras, os grandes proprietários de terra, os megaempresários teriam algo a dizer sobre a falta de água...

A SOLUÇÃO
A atual situação não permite “chorar o leite derramado”, ou melhor, a “água não derramada”. O caminho é um só, a criação de políticas públicas sérias para: revitalização de nascentes, matas ciliares e topos de morros; preservação do que ainda resta de matas e biomas, com um olhar especial ao nosso Cerrado, considerado o Pai das Águas do Brasil; saneamento básico verdadeiro, com tratamento de esgoto eficaz; investimento em tecnologias alternativas para captação e economia de água (energias renováveis, captação de águas pluviais, implantação de cacimbas e plantio de árvores em estradas rurais). A Lei Natural precisa ser compreendida e colocada em prática, ou senão o caos realmente irá bater nas nossas portas.





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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

JANEIRO SECO - Janeiro com pouca chuva - Nunca janeiro foi tão seco no interior do estado de São Paulo - Qual, ou quais as causas ? - Observação leiga que deve ser confirmada por cientistas - Mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global ? - Na dúvida, o que fazer ? O princípio da precaução - Já que é possível ser a causa principal as próprias atividades humanas, que busquemos, então, uma solução imediata e eficaz - "Você pensa assim e se ilude com soluções quando muito amenizantes, ou está disposto a mudar radicalmente o seu padrão de consumo para salvar a espécie humana e as espécies de milhares de outras vidas...." ?



Queimada em mata, em pleno janeiro seco
de 2014....
Janeiro Seco - provocado pela natureza ou os humanos ?

Nos 11 primeiros dias de janeiro de 2014 nenhum pingo de água de chuva caiu sobre o local onde moro, no interior de São Paulo, em São Carlos. Algumas poucas chuvas isoladas ocorreram, mas nenhuma nesta localidade, observando-se, desta forma, uma secura fora do normal, o que os especialistas chamam de baixo índice pluviométrico para esta região e este mês.

NUNCA UM JANEIRO TÃO SECO
Pelo que me lembro, uma situação parecida aconteceu somente o ano passado, em 2013, quando observei 14 dias sem qualquer chuva na última semana de janeiro e primeira de fevereiro. E, pelo que me lembro, nos últimos 53 anos todos os meses de janeiro foram de muita chuva na região sudeste. 

CAUSAS NATURAIS OU MUDANÇAS PROVOCADAS PELOS SERES HUMANOS ?
Esta não é uma observação ou uma conclusão científica, pois, então, que nossos climatologistas, físicos atmosféricos e outros profissionais e cientistas que tenham relação com as possíveis causas das variações climáticas nos digam o que está ocorrendo. Até que ponto este comportamento aparentemente inusitado do tempo é provocado pelas mudanças climáticas relacionadas às interferências antrópicas (provocadas pelo homem) ou a outras causas ?.... E que não venham com explicações imediatistas, como por exemplo, discorrerem sobre El Niño, La Niña ou sobre o aquecimento ou arrefecimento das águas do Atlântico. Suas análises deverão ser mais profundas, detectando as causas, ou a causa primária, do porquê estão ocorrendo mudanças nunca antes observadas no tempo de muitas regiões.

O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO - E VOCÊ ?....
Na dúvida, vale o princípio da precaução, em defesa da espécie humana e de outras : se a causa pode ser de origem humana, sendo suas atividades e interferências no meio ambiente a principal causa do efeito estufa, do aquecimento global e das mudanças climáticas, que os humanos tomem medidas efetivas de correção :  parada total de extração do petróleo e do carvão, drástica e rápida redução no consumo de combustíveis fósseis e reflorestamento maciço das superfícies continentais. Estas são soluções efetivas, com inúmeras consequências e que exigirão profundas transformações e sacrifícios das sociedades humanas, porém os que querem a todo custo se enriquecer ou manter o seu padrão de consumo, irão dizer que tais soluções são impossíveis de serem implementadas ou que são loucuras de mentes que tem medo do avanço do progresso. Você pensa assim e se ilude com soluções quando muito amenizantes, ou está disposto a mudar radicalmente o seu padrão de consumo para salvar a espécie humana e as espécies de milhares de outras vidas ?

Luiz A. V. Spinola - 24/01/2014

OBS : Chuvas de janeiro, todos os dias e generalizadas, ocorreram nos dias 12, 13, 14 e parcialmente no dia 15. Do dia 16 ao 24 (hoje até 14 hs), 9 dias, apenas algumas chuvas isoladas nas proximidades e nada aqui, neste ponto de observação a 10 km do centro de São Carlos.


Os acontecimentos recentes, como a declaração do IPCC quanto ao aumento de 0.5 graus na temperatura média do planeta, parecem confirmar as previsões alarmantes do respeitado cientista James Lovelock. Veja este  artigo escrito em 2007 !!





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domingo, 22 de dezembro de 2013

ECOVILAS E CIDADES - Antes de morar em uma, transformar residências e cidades em ecovilas - Transformar todo o planeta em uma eco-aldeia - Ecovilas : modelos para uma sociedade justa e sustentável - "E por que não praticarmos isso em nossas próprias casas? A proposta das ecovilas vai bem além dos limites de suas áreas, isto é, não precisamos morar numa ecovila para praticarmos atos voltados para a sustentabilidade e para tudo que é inerente a isso"....



Ecovilas - primeiro, construir nas residências, nos bairros e nas cidades....
Se todas as casas de uma média
ou grande cidade fossem
construídas de madeira, haveria
necessidade de plantar milhares
de hectares de árvores

Por Francisca Junice Lamare




A palavra Ecovila já diz tudo - uma vila voltada para a sustentabilidade e a auto suficiência no que diz respeito à produção de alimentos e outros meios necessários à manutenção da vida e à convivência homem-natureza. Entretanto, existem outras ações e sentimentos saudáveis envolvidos neste tipo de "projeto-comunidade".


A ideia que algumas pessoas têm a respeito, seria de um aglomerado de gente - muitas vezes chamados de " eco-chatos" - metidos a hippies, plantando cenoura e feijão sem agrotóxico. Outros, mais esclarecidos, acreditam que é um modelo de comunidade ideal com uma proposta válida, fazendo-nos questionar sobre nosso poder de produção e consumo, e também, de maneira subliminar, trabalhando algumas virtudes atualmente esquecidas, como : solidariedade e integração social.
Energia eólica para cidades que
um dia poderão ser grandes ecovilas !!

Estamos imersos numa cultura do individualismo agressivo, consumo e imagem. Devemos " TER" para " SERMOS", e muitas vezes compramos ou adquirimos bem mais do que precisamos, fomentando, assim, uma indústria de itens descartáveis em vários tipos de segmentos, que vão desde bens duráveis até a medicamentosa, reflexo de um quadro mundial depressivo, que aumenta e se instala dia após dia, gerando um lixo infinito, pois não REaproveitamos, não REpensamos e não REavaliamos, num movimento caótico e automático de aquisição.

E por que não praticarmos isso em nossas próprias casas? A proposta das ecovilas vai bem além dos limites de suas áreas, isto é, não precisamos morar numa ecovila para praticarmos atos voltados para a sustentabilidade e para tudo que é inerente a isso. O planeta e a sociedade agradecem. Vamos apoiar valores e práticas urbanas de maior sustentabilidade, que um dia transformaremos todas as cidades em grandes ecovilas!

Procure e realize na sua cidade....

Do editor : Junice é uma recente e grande amiga. uma pedra preciosa de intelectualidade e bondade que encontrei em Teresina-PI. Assim como seus olhos vívidos, tem um raciocínio claro que brilha através de palavras e sentidos inspiradores.



Leia também : MODALIDADES DE ECOVILAS






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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

DESENVOLVIMENTO SOCIAL EM ECO-REDE - Bases filosóficas para a sustentabilidade - Progredir é voltar à harmonia com a natureza - O amor como força e liame na rede da vida - Uma ética inspirada pela física contemporânea - Pequenas mudanças promovem profundas transformações - Auto-transcendência psíquica e biológica - É possível a real sustentabilidade ? - Reinventar as relações sociais

Desenvolvimento Social e Sustentabilidade 
Condições - Em rede sistêmica  - Em sintonia com a estrutura do universo e com a natureza auto-organizativa dos seres vivos

Por Iria Zanoni Gomes
Harmonia Homem-Natureza :
a questão crucial

Titulos e sub-titulos adicionados pelo editor     

Publicação inédita sob autorização da autora

Segunda parte de :
Propostas para um Planeta Realmente Sustentável


BOHM, QUÂNTICA E A ESTRUTURA DA MENTE
Em 1951, Bohm[1] fez algumas analogias entre os processos quânticos e os processos do pensamento. Segundo ele, o universo se parece mais com um grande pensamento do que com uma grande máquina: existe uma semelhança entre a estrutura da matéria e a estrutura da mente, o que significa que não se pode falar em matéria sem falar em espírito (consciência). Nesse sentido, a consciência humana tem um papel fundamental no processo de observação e construção da realidade, nas teorias sobre o mundo físico, psíquico, econômico, social, político etc., na própria construção da realidade, pois a consciência parece ser um aspecto essencial do Universo.

               A CONSCIÊNCIA E OS EVENTOS SINCRÔNICOS
Para Bohm, ainda, a realidade deve ser entendida como uma totalidade ininterrupta, onde ocorrem conexões locais (explícitas, conhecidas, do cotidiano) e conexões não-locais (implícitas, ocultas, imprevistas, instantâneas). As conexões não-locais seriam a essência da realidade quântica e expressariam a atividade da consciência. No nível macro, as conexões não-locais não são percebidas. Mas são elas que explicam os eventos sincrônicos,[1] que normalmente atribuímos a coincidências, ao acaso. A experiência da conexão, portanto, é uma experiência da consciência.
Essa experiência, penso, nos permite fazer a conexão com a natureza, com os outros seres e com nós mesmos. Ou seja, não podemos falar da Natureza sem falar de nós mesmos. Ao agir sobre a natureza estamos agindo sobre nós mesmos. Isso é importante para que tenhamos consciência de que podemos fazer outras escolhas, trilhar outros caminhos.

              A TEIA DA VIDA
Mas, se a física contemporânea fala de teia cósmica, de relações, de conexões, interconexões, de auto-organização, irreversibilidade, rupturas, bifurcações, singularidades, a teoria sistêmica da vida, da moderna biologia, vai nos dizer que a teia cósmica é a própria teia da vida.
A concepção sistêmica trata dos organismos vivos e sua relação com o meio ambiente. Vê o mundo em termos de relações e integração: os sistemas são totalidades integradas, que se fundamentam em princípios básicos de organização e só podem ser entendidos a partir de relações, conexões, contextualização. Nessa concepção, todos os organismos, sejam  biológicos - das bactérias ao homem -, sejam sociais ou ecossistemas, são considerados sistemas. Sistemas abertos, que se auto-constroem a partir de um fluxo de informações, o que caracteriza os sistemas vivos como auto-organizadores. Auto-organização que se dá na relação com o meio: auto-eco-organização, na concepção de Edgar Morin, que a exprime no tetragrama ordem/desordem/interação/organização.

              A AUTO-ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
Uma característica básica dos seres vivos é a flexibilidade: os seres vivos se auto-organizam (a ordem interna depende de como o sistema elabora/processa o fluxo de informações), têm autonomia (a organização interna se mantém mesmo que o meio ambiente mude), se renovam (mantendo a estrutura) e auto-transcendem (vão além dos limites físicos e mentais: criam, inventam novas formas, aprendem, se desenvolvem, envolvem). É a auto-transcendência que permite aos sistemas vivos criar novos padrões e novas estruturas, o que significa que a evolução é uma manifestação essencial dos sistemas auto-organizadores.

               AUTO-TRANSCENDÊNCIA E A VIDA COMO PROCESSO
A capacidade dos seres vivos de auto-transcendência, de criação de novos padrões e novas estruturas, permite que se entenda que na concepção sistêmica a noção de padrão é fundamental. O padrão é entendido como configuração de relações e se expressa fisicamente numa estrutura. Como padrão e estrutura são dinâmicos, a relação entre os dois é o processo. Na ótica sistêmica se trabalha com processos. E como a vida é processo, ou seja, algo constantemente sendo reconstruído, a auto-organização é o reconhecimento de que a rede, a teia é o padrão geral da vida. Rede auto-poiética, auto-construtiva, pois auto-organização implica cognição: redes cognitivas. Cognição é processo. O processo da vida é um processo cognitivo, pois  produz constantemente a si mesmo, ou seja, processa informação.
O entendimento da vida como processo é fundamental para que assumamos que temos, neste momento da história da humanidade, uma oportunidade de mudar o padrão dominante na nossa sociedade, ou seja, nosso modo de ser e fazer, criando novas estruturas, novos processos.
Para Maturana e Varela, autores que introduziram a cognição como elemento essencial da vida, o ser e o fazer dos sistemas vivos são inseparáveis e este é o seu modo específico de organização. E, para Bateson, a evolução biológica só pode ser entendida enquanto processo mental. Essa constatação é outro elemento que une os seres humanos e a natureza, ou seja, o elo que liga entre si todos os seres vivos que habitam o planeta terra. Na ótica sistêmica, como na física contemporânea, é no nível da mente que se dá a conexão entre todas as expressões de vida.

               ECOSSISTEMAS E REDE SOCIAL
A noção de rede, portanto, é importante para a ruptura com o paradigma clássico. Capra insiste em que devemos tomar como referência os ecossistemas para pensarmos o sistema social, a organização da sociedade. Os ecossistemas se fundamentam na cooperação, na parceria, na troca. Interagem. A competição até pode existir, desde que não coloque em risco a sobrevivência do sistema maior. Os resíduos de uma espécie são alimento de outra. A matéria circula continuamente pela teia da vida. A diversidade é garantia de sobrevivência. A vida, desde os primórdios, não tomou conta do planeta pela violência, mas pela sua organização em conexões e redes.[1]
                PEQUENAS MUDANÇAS PROMOVEM GRANDES TRASNFORMAÇÕES
Espelhar-se nos ecossistemas, como recomenda Capra, significa começar a construir redes auto-poiéticas de forma consciente, a partir de escolhas que respeitem a vida, a diversidade em todas as dimensões: a bio-sócio-diversidade. Não precisamos construir algo grandioso. Pode ser pequeno, nos limites das nossas relações. Até porque, uma das descobertas da teoria do caos[2] é de que pequenas mudanças produzem grandes efeitos. No momento em que elas acontecem podemos não perceber seus efeitos, mas na flecha do tempo eles ficarão visíveis. Essa descoberta é importante para nossa mudança de consciência: não precisamos mais pensar que só ocorrem mudanças quando grandes estruturas mudam - concepção, aliás, que muitas vezes levou ao imobilismo -, mas entender que qualquer mudança, por menor que seja, atinge a teia toda.

               A FÍSICA QUÂNTICA E A TEIA CÓSMICA
A ciência da complexidade, portanto, nos dá os fundamentos para entender que as mudanças podem ser imperceptíveis, mas importantes dentro da forma como a vida é organizada, dentro do padrão rede. Padrão que não é exclusivo dos sistemas biológicos. A física fala da teia cósmica, introduz a consciência na matéria. O padrão rede tem sido reconhecido como o padrão de organização do Universo. Neste sentido, o que ocorre aqui repercute no Universo inteiro. Sendo a mente não-localizada, enquanto indivíduo meu pensamento está conectado com todas as mentes humanas, com a Mente Universal.

              A ÉTICA QUE A FÍSICA CONTEMPORÂNEA INSPIRA
E, se a física contemporânea tem como um dos seus pressupostos filosóficos a conexão matéria/mente, no nível da mente estamos conectados com todas as expressões de vida, biológicas ou não, do planeta, do universo inteiro. Essa constatação nos traz a consciência da responsabilidade e da ética. Ética no sentido de respeito a todas as formas de expressão da vida: físicas, biológicas, sociais, às diferenças culturais, de pensamento, espirituais. Enfim, respeito à diversidade, à biodiversidade. Ética e responsabilidade no sentido de fazer escolhas, porque nossas escolhas repercutem na nossa vida, na vida dos outros seres humanos, das outras espécies, na vida do planeta. Ampliar a consciência de cidadão para  uma consciência planetária.

              O AMOR COMO FORÇA DE CONEXÃO NOS ELOS DA TEIA
Maturana[3] diz que para podermos mudar nosso modo de viver, nosso padrão de organização da vida, precisamos recuperar o sentimento básico que nos permitiu viver em sociedade: o amor. Só o amor possibilita conectar, acolher o outro, cuidar. O ser humano, segundo esse autor, não se define pela agressão, pela luta, mas pela coexistência na aceitação do outro como um legítimo outro na convivência.
               Para Maturana, ainda, só o sentimento do amor pode nos fazer construir um mundo em que a natureza seja respeitada, um mundo no qual se devolva o que se toma emprestado da natureza para viver. (....) um mundo no qual seja abolida a expressão “recurso natural”, no qual reconheçamos que todo processo natural é cíclico e que, se interrompermos seu ciclo, se acaba.[1]
  
               O PROGRESSO É A VOLTA À HARMONIA COM A NATUREZA
Acreditávamos no mito de que o progresso estava no crescimento econômico, no desenvolvimento da tecnologia, no domínio da natureza. Maturana diz não. O progresso está na compreensão do mundo natural, que permite recuperar a harmonia e a beleza da existência nele, com base no seu conhecimento e no respeito por ele, (....) sem pretender dominá-lo ou negá-lo.[2]

               O REENCANTAMENTO E A VOLTA AO SAGRADO
Vida sustentável pode ter relação com reencantamento do mundo? Sim, se assumimos o olhar da complexidade, que abandona a imagem do universo máquina para assumir a imagem do universo organismo. A descoberta do princípio da organização transformou o mundo da natureza e dos homens num mundo único e encantado. Para Prigogine, o saber (....) pode descobrir-se hoje ao mesmo tempo como ‘escuta poética’  da natureza e como processo natural na natureza, processo aberto de produção e invenção, num mundo aberto, produtivo, inventivo.[3] É o momento de estabelecer um novo diálogo entre a história dos homens, de suas sociedades, de seus saberes e a aventura exploradora da natureza[4]. Este diálogo implica recuperar o sagrado em nossa vida: quem somos, de onde viemos e para onde vamos? Recuperar o sagrado é entender o sentido de estarmos aqui, entendimento que modifica nosso modo de ser e de estar no mundo, pois nos ajuda a agir não como alguém indiferente ao processo da vida, mas como um participante consciente. 

É POSSÍVEL A REAL SUSTENTABILIDADE ?
É possível construir uma vida sustentável neste planeta, assentada no diálogo entre o Homem e a Natureza? Sabemos que os desafios são muitos e que uma transformação global para um mundo sustentável não será fácil, nem se fará de repente e espontaneamente. Penso como Guattari, que só uma articulação ético-política, entre o que ele chama de três registros ecológicos - meio ambiente, relações sociais e individuais - , poderá nos ajudar a superar a crise ecológica em escala planetária. Ou seja, somente a construção de uma Eco-sofia será capaz de operar uma verdadeira "revolução política, social e cultural", que reoriente a produção tanto de bens materiais quanto imateriais, no sentido da sustentabilidade da vida no planeta.

              REINVENTAR AS RELAÇÕES SOCIAIS
É necessário esclarecer que não se está pensando num modelo de sociedade pronto, mas na proposição de um conjunto de práticas eco-sóficas (no âmbito mental, social e do meio ambiente), que implicariam na emergência de uma nova consciência, novos valores, novas atitudes, novas escolhas. Isso significaria, como afirma Guattari, do ponto de vista da  ecologia social, reinventar maneiras de ser nas relações de trabalho, no interior da família, nas relações de vizinhança, nas instituições, na política, na economia, enfim, reconstruir o modo-de-ser em grupo. Na ecologia mental, reinventar a relação dos indivíduos consigo mesmos: com o corpo, com o inconsciente -  no sentido psicanalítico -, com o tempo e com "os 'mistérios' da vida e da morte." E, no que diz respeito à ecologia ambiental, fundamentar-se no princípio de que, cada vez mais, os equilíbrios naturais dependerão da relação que o homem estabelece com o meio ambiente. E se o homem esteve em guerra com a natureza, ou seja, contra a vida, precisará aprender a adotar práticas que tenham como critério a processualidade da vida. Mesmo porque corremos o risco de não ter mais vida neste planeta.
Trata-se, portanto, de fazer parar o crescimento destrutivo inerente ao padrão de produção e consumo capitalista dominante no planeta, construindo "novas práticas sociais, novas práticas estéticas, novas práticas de si na relação com o outro".

              TRANSFORMAÇÕES QUE JÁ ESTÃO OCORRENDO
Pode parecer que tudo isso esteja muito longe da realidade atual. No entanto, é preciso lembrar que essas práticas já estão ocorrendo de uma forma ainda bastante dispersa em todo o planeta. E que é da articulação entre indivíduos que investem em sua transformação, uma sociedade em estado de transformação e um meio ambiente num momento em que pode ser reinventado, que podemos enfrentar a maior crise que a humanidade já viveu em sua história.

              CONDIÇÕES BÁSICAS PARA UM PLANETA SUSTENTÁVEL
Para concluir, diria que a construção de um planeta sustentável só será possível a partir de um processo contínuo de reinvenção, de reconstrução de nossas percepções e práticas, na ótica da responsabilidade e da ética, do amor e da paz. Isso significa o espaço da heterogênese, da diferença: nos três registros (mental, social e do meio ambiente), tornarmo-nos cada vez mais solidários, mas cada vez mais convivendo e aceitando as diferenças, a diversidade, a biodiversidade.
Construir um modo de ser ético, significa que ele deverá estar presente "ao mesmo tempo no mundo do meio ambiente, dos grandes Agenciamentos sociais e institucionais e (....), no seio das paisagens e dos fantasmas que habitam as mais íntimas esferas do indivíduo",  lembrando-nos que a emergência de novas práticas, num campo, passa a instaurar-se em outros campos.

              A CONSTRUÇÃO DA ECO-SOFIA
A construção, portanto, de uma Eco-sofia (ecologia mental, social e ambiental) poderá significar a construção de uma vida sustentável, ou seja, a retomada, pela humanidade, da confiança em si mesma, bem como da responsabilidade pelo seu próprio destino e pelo destino do ecossistema planetário.

              UM CASO : AGENDA 21 PARANÁ : PARCERIA, SOLIDARIEDADE....
Acredito que a Agenda 21 Paraná tem pautado suas propostas dentro desta ótica. Vejo a Agenda 21, enquanto orientação de ações, como um ponto de ruptura com a subjetividade capitalista, como uma facilitadora da emergência de um novo padrão de organização da vida, de orientação de um novo modo de relacionamento do homem com a natureza e com os outros homens. A forma como a Agenda 21 vem sendo implantada em nosso estado, com todas as dificuldades, desafios, avanços, recuos, está muito próxima da forma como os ecossistemas estão organizados, pois em suas práticas estão presentes a parceria, a solidariedade, a incorporação criativa de novas relações, onde a ética e a responsabilidade têm sido os princípios orientadores das ações no sentido de construção de uma vida sustentável em nosso planeta.

Iria Zanoni Gomes

O texto acima é a segunda parte de Propostas para um Planeta Realmente Sustentável
Neste blog

Da mesma autora : DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, MITO E CONTRADIÇÕES
Neste blog

Conheça mais sobre a autora em "A revolta dos posseiros" - Paraná - 1957
http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/8992
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGENDA 21 PARANÁ. SEMINÁRIOS MACRORREGIONAIS DA AGENDA 21 PARANÁ: Os desafios por uma cidadania planetária. Governo do Paraná. SEMA. Curitiba, 2003. 
BATESON, G. Natureza e Espírito: uma unidade necessária. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1987.
BOHM, David. A totalidade e a ordem implicada. Uma nova percepção da realidade. São Paulo: Cultrix.1992.
CAPRA, Fritjof. O Ponto de Mutação. São Paulo: Cultrix, 1986.
______. As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável. Trad. De Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Cultrix, 2002.
GLEICK, James. CAOS: A criação de uma nova ciência. Trad. de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Campus, 1990.
GOSWAMI, Amit et alii. O Universo autoconsciente: como a consciência cria o mundo material. Trad. de Ruy Jungmann. Rio de Janeiro: Record: Rosa dos Tempos, 1998.
GUATTARI, Félix. As Três Ecologias. 3a. ed. Campinas: Papirus Editora, 1991.
____. Caosmose, um novo paradigma estético. Tradução Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão. Rio de Janeiro: Editora 34, 1992.
____. Revolução Molecular: pulsações políticas do desejo. 3.ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.
GUATTARI, Félix e ROLNIK, Suely. Micropolítica. Cartografias do Desejo. Petrópolis: Vozes, 1986.
JAPIASSÚ, Hilton. A crise da razão e do saber objetivo. As ondas do irracional. São Paulo: Editora Letras & Letras, 1996.
MATURANA, Humberto. Emoções e Linguagem na educação e na política. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 1999.
PRIGOGINE, Ilya e STENGERS, Isabelle. A Nova Aliança: a metamorfose da ciência. Brasília: Editora da UNB, 1984.
PRIGOGINE, I. O nascimento do tempo. Portugal, Lisboa: Edições 70, 1990.
ROLNIK, Suely. Cidadania e Alteridade. IV Encontro Regional de Psicologia Social. ABAPSO. São Paulo: 1992. mimeo.
RUELLE, David. Acaso e Caos. Trad. de Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1993.



[1] Idem, p.34-35.
[2] Idem, p.35.
[3] PRIGOGINE E STENGERS. A nova aliança. 1984.
[4] Idem.




[1] CAPRA, F. Entrevista. In: Ecológica. A revista da natureza. Curitiba, 2005
[2] Teoria “descoberta” pelo meteorologista Edward N. Lorenz. Para muitos cientistas, a descoberta do caos foi a terceira grande descoberta do século XX. A primeira e a segunda foram a física quântica e a relatividade.
[3] Emoções e Linguagem na educação e na política. Belo Horizonte: Editora da UFMG. 1999.



[1] Conceito criado por Gustav Jung.




[1] BOHM, David. A totalidade e a ordem implicada. Uma nova percepção da realidade. São Paulo: Cultrix.1992.


Publicação inédita neste blog sob autorização da autora.
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