quinta-feira, 5 de setembro de 2013

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO INSUSTENTÁVEL - Apenas é possível desenvolvimento sustentável se o atual modelo de desenvolvimento for deixado de lado e um outro, realmente possível, entrar em cena - Desenvolvimento na horizontal - Na distribuição das riquezas do planeta - No crescimento das qualidades comportamentais que possibilitem a coexistência pacífica e integrada entre os homens e entre estes e a natureza - Comentário impossibilitado de ser postado no site da Conferência Virtual Nacional do Meio Ambiente / 2013 e transformado em artigo - Políticas públicas mais radicais para contenção do desenvolvimento econômico pouco inteligente, imprudente e destrutivo


A cor vermelha do texto é proposital para sinalizar a seriedade dos problemas ambientais que devem ser inteligentemente enfrentados pelas sociedades humanas.

Esta postagem foi oferecida como subsídio ao Abaixo-Assinado : "DESISTIR DO PRÉ-SAL É UM DIGNO ATO DE RESPEITO À GERAÇÕES FUTURAS"

"....e a adoção de técnicas de extração 

dos recursos naturais e transformação
de energias realmente sustentáveis...."
Mais de 50 estudantes do curso de
Arquitetura e Urbanismo da Usp de 
São Carlos-SP desenvolvem um
viável e bonito modelo de casa 
ecológica. Este modelo e similares
em todas as áreas, é que devem ser
priorizados e estimulados pelo
poder público, em contraposição
aos modelos de "Arquitetura
Sustentável", que oferecem asas
para um desenvolvimento
insustentável, quando inserem
pequenos itens de sustentabilidade
às construções convencionais.
Veja mais em "Arquitetura e
Assentamentos Humanos Sustentáveis"
O artigo abaixo é a tentativa de publicar um comentário no eixo Produção e Consumo Sustentável, no tópico "Créditos de carbono : para que e para quem" ?, no site E-Democracia da Câmara dos Deputados, que hospeda a Conferência Virtual Nacional do Meio Ambiente em 2013, por impossibilidade de postar devido a defeito no site ou software de segurança inadequado.


Paulo Giordanni Lima :
"Não tem mais sentido defender desenvolvimento sem sustentabilidade. Mas acho que o inverso também vale para os países em pleno desenvolvimento, a exemplo do Brasil. 
Entendo que crescer sustentavelmente pressupõe realizar/permitir ações positivas e negativas, concomitantes, em busca de neutralidade, de equilíbrio. Neste sentido, não há desenvolvimento inerte, e por isso acho que é justo criar mecanismos que neutralizem a força (inafastável?) do crescimento. Plantar árvores (positivo), neutralizando a poluição (negativo)... pelo menos até que haja crescimento que (de fato) possa acontecer com poluição zero".


MODELOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL E INSUSTENTÁVEL

Paulo Giordanni, !!

Vou analisar o seu posicionamento por partes :

"....Mas acho que o inverso também vale, para os países em pleno desenvolvimento, a exemplo do Brasil...."

OS PROBLEMAS E AS SOLUÇÕES SÃO DE TODOS OS PAÍSES
Não concordo, Paulo. Esta justificativa se baseia em que deve ser justo todos os países se desenvolverem até o estágio onde se desenvolveram os países do primeiro mundo. Ora, se o planeta já está em decadência pelos status econômico a que chegaram os países mais ricos, se todos os países tiverem que desenvolver até este ponto, então estaremos caminhando a passos largos para a destruição generalizada. É impossível desenvolvimento econômico sustentável seguindo o modelo que até hoje vem deplecionando as reservas naturais, poluindo rios e oceanos e provocando sérios desequilíbrios ambientais, mesmo que se mascarem o desenvolvimento dizendo que "queremos que ele seja sustentável". Mesmo porque, os países ricos não ficarão esperando que os países menos ricos ou pobres alcancem-os. Eles continuarão avançando em suas tentativas de predomínio econômico e destruindo ainda mais o planeta, permanecendo sempre as diferenças econômicas e, portanto, uma corrida aparentemente infindável para ver quem cresce mais rapidamente.
Por outro lado, as deficiências econômicas dos países pobres, e em desenvolvimento, devem ser completadas pela riqueza dos países desenvolvidos. Os mais ricos é que devem pagar a conta do meio ambiente, e mais : devolverem aos mais pobres as riquezas que por séculos lhes foram subtraídas.
Na verdade, este afã por desenvolvimento econômico, mesmo se escamoteado de "desenvolvimento sustentável", é o que está acelerando a chegada de desastrosas décadas de calamidades provocadas pela deterioração do meio ambiente planetário, além de impulsionar as convulsões sociais globais.


"....Entendo que crescer sustentavelmente pressupõe realizar/permitir ações positivas e negativas, concomitantes, em busca de neutralidade, de equilíbrio...."

A LEGITIMIDADE E A URGÊNCIA DE POLÍTICAS RESTRITIVAS E INIBIDORAS
Desta forma não ocorrerá nunca equilíbrio, pois as forças negativas são extremamente desproporcionais. Há que se inibir, sim, estas forças negativas. Um exemplo : se fazendeiros, outros criadores de gado (créditos de metano ?!!), proprietários de veículos e consumidores de energias que emitem CO2 forem deixados livres para "destruir menos o planeta", apenas através de apelos conscienciais e incentivos, então estaremos sendo pouco inteligentes e super imprudentes, pois estaremos preparando o insucesso de toda a civilização (a não ser que se imagine os mais abonados se mudarem para outro planeta !!).
Que os proprietários de terras, principalmente os que as usam como especulação, que se omitirem em, pelo menos, vigiarem suas terras para que não ocorram incêndios, que sejam multados em apreciáveis quantias monetárias.
Que os criadores de gado (grande produtor de metano) sejam forçados  a adotarem sistema de manejo que pelo menos diminua o metano e CO2 dos confinamentos, além, obviamente, de serem taxados em impostos a fim de serem direcionados à compensação ambiental. Mecanismos devem ser adotados para que o consumidor final não pague esta conta, porém se isto for inevitável, que a população se conscientize que é necessário fazer a sua parte para a recuperação do meio ambiente.
Que os proprietários de veículos também sejam taxados na proporção dos gastos com combustível e na proporção do tipo/estado do motor utilizado.
Que os utilizadores de energias provenientes de combustível fóssil também sejam inibidos a continuarem com o uso deste tipo de energia, através, também, de impostos e multas em casos de descumprimento de normas para eficiência energética, desastres provocados e outras situações que colaboram para a deterioração generalizada do meio ambiente.
Este posicionamento não é fantasioso e não é apocalíptico. É um mero raciocínio sistêmico, no espaço e no tempo. Temos de aprender a raciocinar colocando nossas mentes décadas à frente, pois nossas ações presentes poderão provocar danos expandidos no tempo, ou irreversíveis, para as gerações de nossos filhos e as futuras.
Estas ações mais radicais, aprovadas pela sociedade e implementadas pelos governos, tornam-se imprescindíveis, desde que a questão seja a sobrevivência não apenas de toda a vida no planeta, mas, logicamente, a sobrevivência da espécie humana. Esta é uma questão de vida ou morte e não pode mais ser relegada a tímidos mecanismos de conscientização e estímulos, pois nesta fase já estamos patinando há talvez mais de duas décadas.


"....Neste sentido, não há desenvolvimento inerte e por isso acho que é justo criar mecanismos que neutralizem a força (inafastável?) do crescimento".

QUAL MODELO DE DESENVOLVIMENTO É POSSÍVEL E, PORTANTO, SUSTENTÁVEL ?
A própria noção de desenvolvimento, nos dias atuais e no modelo que vimos seguindo, é contraditória. Quanto à "força inafastável", do desenvolvimento, concordo. Porém, que desenvolvimento ? Por natureza intrínseca dos seres humanos, somos instados ao desenvolvimento. A questão, agora, é definir qual tipo de desenvolvimento podemos seguir de agora em diante, sem que provoquemos nossa auto-extinção. O modelo atual, o do desenvolvimento econômico tendencialmente infindável e individualista, é provado ser destrutivo aos próprios seres humanos. De ora em diante, o único desenvolvimento possível, e realmente sustentável,  é o horizontal, onde clamam-nos necessidades de distribuição equitativa das riquezas, desenvolvimento das qualidades comportamentais benéficas à convivência social e ecológica, desenvolvimento de modelos sociais e econômicos solidários e de compartilhamento, desenvolvimento e adoção de técnicas de extração dos recursos naturais e transformação de energias realmente sustentáveis, em  interação com todas as formas de vida e com os ciclos naturais do planeta. E tudo isso, não apenas com a consciência focada no indivíduo, na família, no estado, no Brasil...., mas na imprescindível e "inafastável" consciência e cidadania planetárias.


"....Plantar árvores (positivo) neutralizando a poluição (negativo)... pelo menos até que haja crescimento que (de fato) possa acontecer com poluição zero."

O BRASIL ACORDAR TAMBÉM PARA AS QUESTÕES AMBIENTAIS
Sim, plantar árvores, ou melhor, deixar, também, que as existentes continuem e que hajam extensas áreas de recuperação natural, é meritório (positivo), mas que esta ação, de agora em diante, seja feita não apenas com os recursos provenientes dos incentivos (créditos de carbono, em questão - e outros), mas também dos recursos advindos dos impostos e multas especialmente criados(as) para a contenção deste processo imprudente e parco de inteligência para o qual a sociedade vorazmente caminha com seus olhos vendados. O Brasil deve acordar também para as questões ambientais e de sobrevivência, assim como está acordando para as sociais.

Grande abraço !!....Luiz

Esta postagem foi oferecida como subsídio ao Abaixo-Assinado : "DESISTIR DO PRÉ-SAL É UM DIGNO ATO DE RESPEITO À GERAÇÕES FUTURAS"

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