quinta-feira, 14 de outubro de 2010

AINDA HÁ SALVAÇÃO PARA ESTA HUMANIDADE ? - Devastação há milênios de anos - Destruição de habitats e ecossistemas - Aquecimento global - Se pudéssemos voltar ao que era antes : a auto-produção - Organização social dos índios pré-colombianos.





AINDA HÁ
SALVAÇÃO
PARA ESTA
HUMANIDADE ?




- Devastação há milênios de anos
 - Destruição de habitats e ecossistemas
 - Aquecimento global
 - Se pudéssemos voltar ao que era antes : a auto-produção
 - Organização social dos índios pré-colombianos


Escrito por : Salvador Ribeiro de Souza
(publicado sob autorização e transcrito na íntegra)
  

Caros companheiros terráqueos, falsos homens sapiens, vossos auto-declarados donos da patente de imperadores vitalícios, e únicos donos do planeta terra, ante as demais espécies habitantes de nosso pequeno sistema solar, o qual faz parte da nossa galáxia (via-láctea), ínfima porção espacial do infinito universo chamado cosmos.
Começamos a nos sentir donos deste planeta bem antes da era cristã, quando ainda saíamos dascavernados, passando a viver em comunidades, vilas e cidades, formando a sociedade que levou a aflorar em nós os piores sentimentos desta raça a qual chamamos erradamente de "humana", que são a inveja, o egoísmo, a ambição, o desejo de domínio e de poder. Para a conquista destes desejos e ambições foi indispensável acumular bens, posses capitais e riquezas retiradas da mãe terra. Estes sentimentos nefastos, que sempre pertenceram ao conjunto de todos os seres vivos,  com o passar das eras evoluíram de tal forma a nos levar a ignorar e a subjugar a limitação dos recursos naturais e a interdependência do clima, dos fenômenos meteorológicos e dos ecossistemas terrestres. Tais ambições  ainda nos levaram a devorar, a devastar com máquinas, com ferramentas e fogo, quase toda cobertura vegetal secular e nativa deste planeta. Em conseqüência, foram sucumbidos lagos, lagoas, nascentes, rios e muitos ecossistemas.
O problema é que só recentemente percebemos que este planeta não é aquele que sempre foi. Mudanças sem limites no clima e na atmosfera fragmentada que imaginávamos ser. Não percebíamos que nossos quintaizinhos, nossas pequenas construções e nossas isoladas queimadas estavam, na verdade, afetando um sistema interdependente e, portanto, interferindo no equilíbrio de todo o planeta terra.
Companheiros homo-sapiens de outrora! A verdade esta aí. A hora chegou. O aquecimento global é real e suas conseqüências serão desastrosas, não tendo nós um refúgio para onde corrermos. O clima virou  de ponta cabeça.
As chuvas já não sãos as mesmas em quantidade, em regularidade  e em formalidade.
Companheiros veteranos do sertão, lhes pergunto : "Cadê a garoa, a neblina que já não se vê, e que antes serrava semanas seguidas nos meses de junho e julho? Cadê o sol escaldante do mês de agosto? Cadê as chuvas certeiras do mês de outubro que não caem mais? Cadê o inverno cessado de novembro e dezembro que nunca mais vem? E o brejo, o atoleiro que se foi? Também o aguaceiro de março?" E juntos foram nossas lavouras de arroz e milho, e as demais que estão se findando.
Se prestarmos um pouco de atenção, vamos perceber porquê isso tudo está acontecendo. Imagine há trezentos anos, como era a vegetação desse sertão brasileiro e de todo o planeta? Estava todo coberto de matas exuberantes, de árvores frondosas e seculares, as quais impediam que os raios deste sol quente incidissem diretamente na terra. Imagine como acontece hoje : os raios escaldantes esquentam a terra nua e despreparada. Conclua quanto calor isto faz acumular. Eis uma das causas do aquecimento global da terra.
Companheiros! A batalha pode estar perdida. Quase nada temos o que fazer, pois chegamos a um grau muito elevado de consumo, de tal forma que é praticamente impossível diminuir o grau de exploração e devastação que causamos à mãe terra. Necessitamos cada vez mais de tecnologia na produção de materiais e energias, no transporte, e também na medicina, a fim de combater pestes, males e tragédias resultantes deste modelo desastroso de organização social e econômica que caminha para sua auto-destruição. Se pudéssemos voltar ao modelo de organização social do índio pré-colombiano, onde cada família ou comunidade produzia apenas para o auto-consumo, onde inexistia a ambição, o luxo e as castas sociais, todos seriam iguais, comeriam e se vestiriam da mesma forma. Este caminho, embora de dificílimo acesso e percurso, parece ser o único que pode levar a humanidade, a natureza e este planeta azul à sua salvação!

Salvador Ribeiro de Souza
(conhecido como Caxião)

Lagoa Real - BA, 20 de abril de 2009
Editado e publicado na data acima por Luiz Antonio Vieira Spinola.
Reeditado e publicado em Ambiente Ecológico - blog em 14 de out/2010

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