O AQUECIMENTO PLANETÁRIO ( I, II, III, IV e V )
Reeditados em 28/01/2008, em 07/08/2008, em 11/01/2010 e em 14/10/2013
O AQUECIMENTO PLANETÁRIO ( I )
UM POSSÍVEL ERRO INSTITUCIONALIZADO - SOBRE O EFEITO ESTUFA
(1) Há muitos erros, de muitas naturezas, que se institucionalizam.
Tornam-se aceitos como verdades incontestas, e por isto prolongam
Tornam-se aceitos como verdades incontestas, e por isto prolongam
no tempo suas consequências negativas. Na área do meio ambiente,
o efeito estufa pode ser um deles Felizmente, este não é um erro da
teoria em si, mas um erro, ou melhor, uma omissão na análise das
causas e mecanismos do aquecimento planetário.
o efeito estufa pode ser um deles Felizmente, este não é um erro da
teoria em si, mas um erro, ou melhor, uma omissão na análise das
causas e mecanismos do aquecimento planetário.
(2) Observando-se de um ponto de vista dedicado, nada se encontra de
errado na teoria básica do efeito estufa, embora possam ser
discutidos qual o grau correto de interferência nas mudanças climáticas
errado na teoria básica do efeito estufa, embora possam ser
discutidos qual o grau correto de interferência nas mudanças climáticas
ou os parâmetros e procedimentos nas medições das temperaturas médias.
(3) Observando-se o problema do aquecimento planetário com uma visão
ampla e sistêmica, compreende-se a "omissão" na análise que
concluiu ser o efeito estufa a única causa do aquecimento.
ampla e sistêmica, compreende-se a "omissão" na análise que
concluiu ser o efeito estufa a única causa do aquecimento.
(4) A compreensão completa da questão, certamente, não é assim tão
difícil. É até mesmo banal, básica. Exige raciocínio que até mesmo
um leigo ou uma criança entendem. E porque, então, os seres
humanos, às vezes, se apegam cegamente em conceitos errados ou
incompletos ?
(5) A resposta detalhada não é o motivo deste texto, mas parece
situar-se nos domínios da psicologia, que demonstra tornarem-se os
homens tacanhos de inteligência quando necessidades externas de
mudanças ameaçam seus desejos e sentimentos. Ainda mais
complicado é entender como esta reação individual pode engendrar
movimentos coletivos de parca inteligência. (felizmente também
este é um problema a ser detalhado pela psicologia social).
(6) Quanto à fonte de energia, existem 3 tipos de estufas : a
endoenergética(endógena), a exoenergética(exógena), e a mista. A
terra, muito antigamente, era do tipo mista, pois recebia energia do
sol e ainda transferia para o exterior um resto de sua energia interna.
Estamos falando, logicamente, do período quando os gases estufa
principiaram em surtir seus efeitos. Mais recentemente, podemos
considerar a terra, ou melhor, a sua atmosfera, como sendo uma
estufa exoenergética, ou seja, a energia para seu aquecimento
provinha de uma fonte externa, o sol. Podemos dizer que nos últimos
cem anos, a atmosfera voltou a ser mista. Exoenergética pela radiação
solar entrante, e endoenergética por toda dissipação calorífica provocada
pela ação antrópica. Eis um primeiro fator a ser considerado na
análise sistêmica do aquecimento planetário.
pela ação antrópica. Eis um primeiro fator a ser considerado na
análise sistêmica do aquecimento planetário.
(7) Outra importante variante a ser dada atenção nos estudos é o grau de
isolação térmica das paredes da estufa. Em uma incubadeira
endoenergética de ovos, por ex., a perda de energia pelas paredes
depende do material com o qual é construida a estufa-incubadeira. Por outro
lado, imaginando-se a temperatura interna sem qualquer tipo de controle
automático, sua intensidade, maior ou menor, dependerá de dois
fatores = do poder de isolação térmica das paredes e da energia
gerada dentro da incubadora. Se troco as resistências aquecedoras
por outras de maior potência, logicamente a temperatura interna irá
aumentar. Se revisto as paredes externas com isopor, terei o mesmo
efeito de elevação de temperatura.
(8) Em um exemplo de estufa exotérmica ou mista, o raciocínio é o
mesmo. Portanto, dois fatores tem que ser analisados para se definir
as causas da elevação da temperatura no interior de qualquer estufa =
a intensidade de energia aplicada e o poder de isolação desta energia
(que depende das condições físico-químicas das paredes).
(9) Um terceiro fator imprescindível à análise correta é tempo. Em quanto tempo a energia radiativa solar que entra na atmosfera terrestre
consegue reirradiar-se para o espaço ?.
(10) Há dois "aquecimentos" aos quais temos que nos ater. O "diário",
que durante a exposição solar mantêm a atmosfera mais aquecida,
e que se arrefece paulatinamente à noite, e o "de longo prazo",
representado pelo (mínimo) aquecimento constante das superfícies
sólidas e líquidas do planeta.
(11) O poder de retenção calorífico dos imensos corpos de terra, de
pedra, de gelo e de água é muito grande, e tanto o seu aquecimento
como seu arrefecimento são muito prolongados no tempo.
(12) Da mesma forma existem dois níveis de temperatura a serem
mensurados = o aquecimento médio atmosférico e o aquecimento
médio das superfícies.
(13) Temos, por um lado, o efeito estufa do planeta terra intensificado
pelas consequências da ação humana no ambiente e, por outro lado,
temos o aumento endoenergético e exoenergético. Do grau de
isolação térmica da atmosfera e do seu oposto---o grau de
transferência de energia (na região do infravermelho)--- depende o
aumento de temperatura da atmosfera e das superfícies de nosso
planeta. E mais : o aumento de temperatura depende também do nível
de energia aplicada ao sistema. Há estudos que confirmam um aumento
das radiações solares nos últimos cem anos, tanto de forma direta
---centrado no espectro da luz visível---, como indireta, através das atividades
solares e seus consequentes efeitos no magnetismo ( solar e terrestre ).
Mesmo que aparentemente pequeno, tal acréscimo alteraria
sobremaneira o clima da terra. Coincidentemente, nas últimas
décadas, com a chegada da industrialização, ocorreu o aumento do
efeito estufa. (alteração nas características de isolação térmica e de
dissipação radiativa).Também, "coincidentemente", no mesmo período,
a ação antrópica desnudou continentes pelo desflorestamento,
construiu superfícies sólidas absorventes e retentoras de calor e
manipulou materiais produzindo energias ( endoenergia para a estufa )
O resultado só pode ser um : o aquecimento planetário.
Mesmo que aparentemente pequeno, tal acréscimo alteraria
sobremaneira o clima da terra. Coincidentemente, nas últimas
décadas, com a chegada da industrialização, ocorreu o aumento do
efeito estufa. (alteração nas características de isolação térmica e de
dissipação radiativa).Também, "coincidentemente", no mesmo período,
a ação antrópica desnudou continentes pelo desflorestamento,
construiu superfícies sólidas absorventes e retentoras de calor e
manipulou materiais produzindo energias ( endoenergia para a estufa )
O resultado só pode ser um : o aquecimento planetário.
(14) Desta visão, bem mais sistêmica que as tradicionais, depreende-se
algumas conclusões... ( Cont.)
OBS : Para melhor compreensão, leia-se as continuidades deste artigo.
Luiz Antonio Vieira Spinola, nov/2006
Direitos Autorais Reservados. Permitida a reprodução apenas gratuitamente pela Internet.
Atenção : Entenda-se este texto como cogitações acerca do efeito estufa. As frases são construidas no modo afirmativo, porém por mera simplificação dos conceitos prováveis a serem transmitidos.
O AQUECIMENTO PLANETÁRIO ( II ) :
UMA NOVA INTERPRETAÇÃO
( Cont. de : “Um Possível Erro Institucionalizado”(1)- do efeito estufa. )= Aconselhável a leitura.
ATENÇÃO : Embora o texto a seguir use mais frases no modo afirmativo, considere-se apenas como efeito didático. São simplesmente proposições.
Resumindo o exposto no primeiro artigo, concluímos que o aquecimento planetário está aumentando por duas razões : uma, a já aceita e convencional emissão excessiva de gases-estufa; e outra---resultado principal do artigo anterior—, o aumento das radiações refletidas pela maior exposição das superfícies continentais à ação da energia solar, somada às aparentemente mínimas inserções de calor por toda manipulação energética efetuada pelos homens. (queimadas, fogões, motores, fricções, equipamentos e aparelhos eletro-eletrônicos, etc.)
Desta forma, vemos que o aquecimento planetário sofre um acréscimo, não só pela emissão de CO2 e de outros gases-estufa, mas também pela própria energia calorífica gerada pelas atividades humanas, inclusive a decorrente de peças em atritos. Mesmo que essa energia calorífica liberada na atmosfera possa ser diminuta, ela pressionará as conversões ao infravermelho e colaborará, com certeza, para o retardamento do escoamento da energia excessiva.( as paredes da estufa, mesmo que não agravadas pelos “gases estufa”, possuem um grau máximo de transferência do infravermelho ). Estudos de mensuração devem ser feitos para avaliarem o grau de interferência deste fenômeno.
Porém, a conclusão mais relevante não é esta. A própria luz solar quando “bate” nos asfaltos, nos telhados e nas terras agrícolas desnudadas—atualmente uma grande parte das superfícies continentais—transforma-se, em uma boa medida, em energia calorífica que se dissipa no ar atmosférico e que esquenta as superfícies. Esta energia calorífica excedente pressiona fortemente o efeito estufa ---que tem um limite de escoamento---para irradiar-se de volta ao espaço na forma de raios infravermelhos. Como conseqüência, temos que nem todo calor de um dia é retransferido, restando, após a noite, um acúmulo diário de energia. É este acúmulo que vai gradativamente aumentando a temperatura média do planeta. Temos aí uma conclusão importantíssima : Os vilões da história não são somente o CO2, o metano, o vapor d`água e outros : as cidades, as áreas agrícolas expostas à ação solar, as áreas desmatadas (mesmo sem queimadas) e a introdução artificial de energia calorífica pela ação antrópica, são, quem sabe, até mais responsáveis pelo aquecimento planetário. Mais uma vez pesquisas de comprovação teórica e de mensuração deverão ser feitas.
Em oposição, quando a quantidade de energia luminosa que atravessa a barreira das nuvens encontra as copas das árvores e o volume adensado de gigantescas florestas, ocorrem dois fenômenos favoráveis a um menor índice de manutenção térmica do planeta: uma reflexão(albedo), absorção e conversão energéticas mais eficientes---distribuidas equilibradamente no tempo---, e uma perda de energia solar pela transmutação ocorrida nos processos fotossintéticos. Eis aí mais propostas e parâmetros a serem analisados e mensurados por pesquisas e experimentos.
Enfim,... Se as previsões dos níveis futuros do aquecimento “global”—dentro da análise corrente de que a causa única são os gases-estufa—apontam para conclusões críticas, muito mais preocupantes seriam as previsões embasadas em novas causas. (cont...)
Luiz A. V. Spinola, março/2007
Direitos Autorais Reservados. Proibida a reprodução, salvo gratuitamente pela Internet.
O AQUECIMENTO PLANETÁRIO ( III )
Conclusões Preocupantes
Considerando-se corretas as proposições apresentadas nas partes (1) e (2) – (ler), por várias razões teríamos uma situação preocupante : Em primeiro lugar, não existem estudos conhecidos e pesquisas adiantadas, bem como não existem previsões sobre o aquecimento planetário baseadas neste novo enfoque.
A partir deste ponto, este estudo só pode continuar se lhe for dado um caráter ainda mais cogitativo. Com esta ressalva, exclui-se qualquer possibilidade de se fazer sensacionalismo criando um ambiente de apreensão cataclísmica. Intenções de se expor um conhecimento pretensiosamente correto também se excluem.
Uma segunda conclusão que advém desta análise mais abrangente do aquecimento planetário é que os meios de educação ambiental—formal, não-formal e informal—logicamente desprovidos desta nova visão---, apresentam-se ineficientes para iniciarem uma urgente e profunda conscientização “global” da questão. Vê-se, desta forma, que o intuito do presente trabalho, além de inspirar pesquisas científicas, também visa estimular a disseminação destas proposições, tendo por base o princípio da “precaução”. Esta pressa é necessária tanto pela premência do assunto, como pela possível veracidade das proposições aqui apresentadas. Em relação aos problemas ambientais que conduzem ao risco a própria espécie humana, a “prudência” deve ser o eixo das ações que buscam solucionar os problemas. Isto significa que a sociedade precisa mudar valores e comportamentos—provisória e estrategicamente—mesmo que estas mudanças sejam requeridas por hipóteses, teorias e previsões com graus de previsibilidade bem inferiores a 100%.
(Cont...)
Luiz A V Spinola março/2007
Proibida a reprodução sem expressa autorização, salvo gratuitamente através da Internet.
"A festa está boa, mas o gelo acabou....!!"
Uma notícia, hoje, preocupou-me : “Cientistas da Nasa prevêem que as geleiras poderão se derreter em 2012”—uma grande antecipação em relação às previsões anteriores, que projetavam o derretimento para os anos 2040 a 2100.
Em “O aquecimento planetário ( III )”, prudentemente, observei : “...Com esta ressalva, exclui-se qualquer possibilidade de se fazer sensacionalismo, criando um ambiente de apreensão cataclísmica....” No entanto, sinto ser necessário, também estimulado pela prudência, expor com realismo as conclusões apresentadas de uma forma mais incisiva. A intenção de “não se criar um ambiente de apreensão cataclísmica” ainda continua, porém fatos recentes sobre conseqüências negativas geradas pelo aquecimento planetário exigem exposições mais rápidas, tendencialmente precisas e que se transformem em eficazes elementos de alerta.
Ora, se as sérias alterações geológicas, climáticas e biológicas têm suas causas no aquecimento global provocado pelos gases-estufa, quanto mais intensas e imprevisíveis no tempo seriam as alterações causadas pelo aquecimento planetário, este provocado pelos gases-estufa, pela diminuição da transformação de energia no processo fotossintético, pelo acréscimo calorífico das atividades humanas e, principalmente, pela não-absorção equilibrada de imensas quantidades de energia que “esquentam” as superfícies não-arborizadas “pressionando” a volta ao espaço do excedente de energia?
A que resultados aterradores chegarão os homens quando perceberem que todo e qualquer fruto de sua inventividade artificiosa provoca, direta e indiretamente, aquecimento da atmosfera e das superfícies sólidas e líquidas do planeta?
Mas, então, está a civilização, pelo menos da forma pela qual a conhecemos, fadada a perecer?
Ações simbólicas são tidas como “exemplares de desenvolvimento sustentável”; ações minimamente amenizantes são consideradas como soluções definitivas; irrisórias economias, modismos exibicionistas e todo um conjunto de demagogia ambiental alardeiam conceitos que aparentam salvar o mundo através da educação. O CO2, apropriado pelos capitalistas, já se tornou uma moeda!... O mesmo sistema que cria condições deletérias, oculta-as, a fim de manter o seu destruidor ritmo de crescimento. Incrível!...
Como podem os poderes públicos—a nível mundial—, as empresas e levas de indivíduos conduzidos por interesses de classes, terem execrado os pioneiros “exóticos” que defendiam a natureza e a vida comunitária desde os anos 60?...E depois ainda se apropriarem dos princípios básicos de “uma nova aldeia global”, para corrompê-los e adaptá-los—reduzindo-os a símbolos e amenidades—a fim de manterem seu pretenso crescimento econômico?
Impossível! Os homens estão iludidos em suas atuais aspirações!
Uma das participantes em um curso de educação ambiental sugeriu uma frase e um desenho representativo (a serem estampados nas camisetas) : “A festa está boa, mas o gelo acabou !!”.
Ironicamente, o gelo das geleiras já tem um ano previsto para o seu derretimento—e vai acabar.
A frase da moça sugere que está na hora de desligar o som e apagar as luzes, porque a festa acabou. E se os candidatos insistirem em permanecer?... O que acontecerá?... Rolarão bebidas, drogas, estrondos, conturbações e brigas pela madrugada afora? Certamente!...E o que restará? : Uma casa toda depredada, com seus móveis destruídos, suas paredes cravadas por balas, seus pisos ensanguentados...É isso que queremos para nossa casa “o planeta terra”?...É claro que não! Então, é melhor pararmos a festa no horário adequado, porque, se insistirmos em continuar...!
“A festa está boa!!” significa toda facilidade e conforto promovidos pela tecnologia. Significa todo impulso positivo para a criatividade e a engenhosidade que antecedem os recursos materiais. Isto tudo é muito correto e bom, mas o gelo acabou.
O gelo significa um ponto máximo possível e ideal de equilíbrio entre as interferências humanas e as capacidades da natureza. E pode-se afirmar que, há muito, este ponto excedeu-se. O gelo é toda possibilidade concreta, no espaço e no tempo, dos seres humanos harmonizarem-se com seu meio ambiente e com toda a vida que os cerca—o seu meio biológico. O gelo é o conceito da verdadeira sustentabilidade, bem longe do que dizem por aí a seu respeito, pois não consideram cada seccionada sustentabilidade dependente de sua integração sistêmica. Um projeto pode ser sustentável em si mesmo, porém, com certeza, insustentável, se compreendido sistemicamente como parte de um gigantesco projeto insustentável de crescimento ininterrupto.
O gelo acabou. Pelo menos por enquanto : Não há mais tempo para simbolizar pequenas ações em favor do meio ambiente; não adianta mais economizar água e luz; de nada servirá sermos partidários de “energias limpas”; não mais adianta plantar árvores em divulgados projetos—pois só bilhares é que resolveriam. Não é pessimismo. É realismo! Não dispomos mais de tempo para tentarmos morosamente rearranjar a casa com a adoção de projetos seccionadamente sustentáveis. Os homens só têm uma alternativa—se quiserem se salvar como existem hoje, e a milhares de outras espécies— : Estratégicamente, e por um certo tempo, pararem de crescer, retrocederem e refugiarem-se em seus dias antigos.
Esta é uma figura de retórica?...Ou é realmente nossa única opção, até que novos valores e novas perspectivas nasçam para nortearem uma nova civilização?...
(Não se desespere! Na continuação, em (V), tentaremos “otimizar” a realidade)
Luiz A. V. Spinola, dezembro/2007
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AQUECIMENTO GLOBAL OU PLANETÁRIO ? Aquecimento Planetário V
Uma resultante proveniente de fatores que promovem o aquecimento e fatores que promovem o
resfriamento – Arrefecimento – Posicionamento científico imparcial e não tendencioso.
Aquecimento ou resfriamento ? - Influência de fatores espaciais ou extra atmosféricos no tempo e na temperatura média do planeta.
Em princípio, tanto faz, desde que global e planetário possuem a mesma significação. No entanto, neste artigo, designaremos o aquecimento do planeta como “planetário” a fim de salientar a compreensão de que este fenômeno é uma resultante de vários fatores, uns positivos, que intensificam o efeito, e outros negativos, que o declinam. A distinção que aqui se faz é a de que o aquecimento planetário, ou global, não é uma simplista interpretação proveniente apenas da excessiva emissão de gases de efeito estufa pela ação humana ( CO2, metano e outros ).
Ademais, o termo “planetário” mostra-se mais adequado quando se refere ao aquecimento do planeta terra e não ao aquecimento do globo terrestre. O termo “globo” foi mais utilizado como ferramenta didática nas escolas e é mais relacionado à idéia de sociedade, como por exemplo, “compreensão global”, problemas globais e globalização. Portanto, como significativo físico, a palavra “planetário” é bem mais conveniente.
Um posicionamento científico não pode ser tendencioso, não pode ser limitante e muito menos imprudentemente afirmativo. Os sistemas complexos, como o são os macro-sistemas geológicos e espaciais envolvidos, longe estão de serem plenamente compreendidos. Quaisquer afirmações a respeito, embasadas apenas em hipóteses, necessariamente recaem no erro dos religiosos. Transformam psicologicamente suas crenças em verdades.
A busca científica pelo fato, da mesma forma que a busca religiosa pela pretendida verdade, deve caracterizar-se essencialmente pela imparcialidade. De outro modo estaria fadada à incoerência e ao fracasso.
Imbuídos desta consciência é que vamos admitir, agora, a validade dos fatores negativos, ou seja, aqueles que influenciam para a diminuição do aquecimento planetário e, em se intensificando, para o seu possível arrefecimento ou resfriamento.
Enumeramos, pois, e em primeiro lugar, as causas que concorrem positivamente para o aquecimento planetário, conforme esta visão sistêmica do problema :
1 – O aumento do teor de gases de efeito estufa.
2 – O desequilíbrio térmico provocado pelo desflorestamento de grandes áreas continentais
( ver acima : Aquecimento Planetário II ) e a construção de áreas sólidas artificiais.
3 – O incremento de energia térmica na atmosfera por ação antrópica ( ver acima : Aquecimento Planetário II ), na conversão de energias.
4 – O possível aumento, aparentemente irrisório, da energia solar em conseqüência da diminuição das transformações nos processos fotossintéticos (ver também links acima).
5 – O possível aumento na radiação da energia solar nos últimos cem anos ( Ver "Evidências do Aquecimento Global em....", e nos estudos de Mangini )
Causas que concorrem negativamente, ou seja, que tendem a diminuir a temperatura média do planeta :
1 – O aumento dos aerossóis, ou partículas suspensas. A poeira, a fumaça, a fuligem e as partículas orgânicas dispersas na atmosfera dificultam a passagem da luz solar e promovem uma menor entrada de energia, principalmente na atmosfera superficial. Como resultado, a temperatura tende a diminuir.
2 – O aumento do magnetismo solar direto, ou geral, experimentado provavelmente em anos de baixo número de manchas solares, potencializa a formação de nuvens e, consequentemente, diminui a entrada de energia radiativa solar na troposfera, ou atmosfera superficial.
3 - A diminuição na densidade e na aceleração do vento solar e a diminuição do número e do grau de intensidade das CMEs possibilitam a entrada franca dos raios cósmicos na baixa atmosfera. Como os raios cósmicos promovem uma maior formação de nuclídeos orgânicos, de gotículas e finalmente de nuvens, temos, consequentemente, uma maior cobertura de nuvens, um aumento da refletância da luz solar, e uma diminuição da temperatura. Soma-se ainda uma queda de temperatura pelo aumento provável das precipitações.
Quanto aos fatores positivos e negativos citados acima, podemos emitir três interpretações :
a - Se o aumento dos furos coronais e das CMEs, que ocorrem em anos de grande atividade solar, diminuir a formação de nuvens pela diminuição dos raios cósmicos, temos que, nos anos 2010 a, pelo menos, 2014, experimentaremos uma tendência de incremento nas temperaturas médias do planeta (no que depender desta causa).
b - Se o aumento dos furos coronais e das CMEs - que, por suas emissões de partículas sub-atômicas, diminuem a impactação dos raios cósmicos na baixa atmosfera ( o que tende a formar menos nuvens - raciocínio acima, em "a") - coincidir com um aumento no magnetismo solar (que tende a formar mais nuvens) nos próximos anos previstos para intensificação das atividades solares, temos que estas duas possíveis causas se cancelam, ou disto se aproximam, sendo insignificantes a sua interferência no aumento ou diminuição da temperatura média do planeta.
c - Se o aumento das atividades solares significar um aumento preponderante do magnetismo solar e um aumento na formação de nuvens, e nas precipitações (chuvas), então teremos para 2010 a 2014 (talvez até 2016) uma tendência de diminuição de temperatura (no que depender desta causa).
OBS - Se, ao invés do ciclo solar de 11 anos, considerarmos outros ciclos, como o de 22, então as implicações nas exibições de temperaturas terão se ser estendidas.
Podem outros fatores, positivos ou negativos, como possíveis alterações na condução do calor do núcleo da terra, serem admitidos na análise que determinará a resultante final : aquecimento, arrefecimento ou estabilização ? Certamente que sim.
Aquecimento ou resfriamento, global ou planetário ? O mais importante é a conclusão de que a humanidade deve saber posicionar-se diante de incertezas. Precaver-se das formas possíveis : por um lado, diminuir ou eliminar as causas do possível aquecimento (reflorestar as superfícies continentais, diminuir a introdução de energia endotérmica na estufa e diminuir a emissão de gases de efeito estufa) e, por outro lado, preparar-se tecnologicamente a fim de adaptar-se a possíveis alterações climáticas e geológicas. O princípio da precaução deverá nortear os caminhos para uma possível futura sociedade, além de uma possível futura relação harmoniosa entre homens e natureza.
Luiz Antonio Vieira Spinola, 31/12/2009
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