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As chuvas da Amazônia
ENVIADO POR FATIMINHA DAMIANI
MANAUS - É uma máquina de fazer chuva funcionando a todo vapor. Às 5 horas da manhã, o sol já surge sobre a Amazônia. Parece mergulhado em uma espessa nuvem de umidade que emana da floresta em direção à atmosfera. Do alto de uma torre de alumínio de 54 metros, erguida no meio da mata, ao norte de Manaus, o ecólogo Flávio Luizão, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), assiste a tudo com atenção. E o especialista, que já viu aquilo centenas de vezes, ainda se espanta com a quantidade de água.
Olhando do alto é possível ver como a floresta mexe com o clima. De toda a umidade que entra do Atlântico pelo Norte do País e que vira chuva sobre a Amazônia, só metade é drenada de volta ao mar, levada pelos rios. A outra metade é reciclada pela floresta, devolvida à atmosfera e exportada para outras regiões, segundo o especialista Enéas Salati, da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável. A maior parte é empurrada pelo vento em direção ao Centro-Oeste, Sudeste e Sul, ajudando a irrigar colheitas e abastecer hidrelétricas nas áreas mais produtivas do País. A torre é uma das 16 instaladas na Amazônia como parte do Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), um projeto internacional que há dez anos estuda as interações entre a biologia e o clima. Instrumentos científicos no solo e acoplados à estrutura metálica registram os sinais vitais da floresta: produção de vapor, radiação, variações de temperatura, gás carbônico que entra e sai.
Na baixa atmosfera, a umidade que transpira da floresta vai desaguar em um "rio voador" que flui do Atlântico e entra no País pela costa do Pará, carregado de água evaporada do oceano. Ao passar por cima da Amazônia, os vapores oceânico e da floresta se misturam, formando uma gigantesca carga de ar úmido. Cerca de metade, segundo os cientistas, vai virar chuva na própria região e metade será carregada para longe. Ao "bater" nos Andes, a corrente se volta para o sul e passa a fluir em direção à Bacia do Prata, passando sobre várias regiões do Brasil.
"Quando você toma um copo d'água em São Paulo, está bebendo água da Amazônia também", diz o meteorologista Gilvan Sampaio, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Com o avanço do desmatamento, esse fluxo corre o risco de ser quebrado. Quanto menos floresta, menor é a transpiração e menos água é devolvida à atmosfera, prejudicando a formação de chuvas. Um trabalho publicado por Sampaio e outros pesquisadores mostra que uma redução de 40% na cobertura florestal do leste da Amazônia já seria suficiente para desencadear mudanças climáticas severas na região, com aumento de temperatura e redução dos índices pluviométricos.
"A Amazônia vai ficar mais seca, com certeza", decreta o especialista José Marengo, meteorologista do Inpe. Quem vive fora da Amazônia também teria muito a perder. "Estudos indicam que a perda da floresta pode mudar os níveis de precipitação em vastas áreas do território da América do Sul, como o Centro-Sul, Sudeste e Sul do Brasil", afirma Marengo, num relatório que escreveu sobre o tema para o projeto Brasil das Águas. "Pensando em cenários de mudança de clima, com o desmatamento aumentando, conseqüências diretas sobre as estações chuvosas são esperadas, embora ainda não seja possível quantificar essa mudança."
Pode parecer paradoxal, mas é possível que, mesmo sem o vapor d'água da floresta, a quantidade de chuvas no Sul aumente com o desmatamento. O volume de vapor que entra do oceano pelo rio voador é enorme: 600 mil metros cúbicos de água por segundo, três vezes maior do que a vazão do Rio Amazonas, segundo o pesquisador Antonio Manzi, do Inpa. Sem a floresta para consumir parte desse fluxo, e com o agravamento das mudanças climáticas, o vapor do oceano poderá passar como um trem expresso pela Amazônia, chegando com muito mais força ao seu destino final. Em vez de funcionar como um sistema de irrigação, o rio voador se transformaria numa seqüência de enxurradas, com curtos eventos de chuva forte seguidos por longos períodos de estiagem – um cenário péssimo para a agricultura.
"O ar flui mais rápido sem a floresta e não dá tempo de chover. Só vai chover no final", explica Marengo. "O Sul terá mais chuva, mas ela será mal distribuída. O efeito maior será de falta de água."
Para alguns pesquisadores, o rio voador corre o risco de secar totalmente, transformando grandes áreas do Sudeste e do Sul em desertos. "Você tira a floresta amazônica e o continente inteiro pode virar uma savana", sentencia o ecólogo Antonio Nobre, do Inpa. Ele se apóia no trabalho de uma dupla de físicos russos, segundo o qual a transpiração da floresta funciona como uma válvula de sucção que puxa o ar úmido do oceano para dentro do continente. O desmatamento enfraqueceria esse mecanismo, podendo provocar, até mesmo, uma mudança de direção dos ventos, que passariam a soprar umidade para fora do continente.
"Embora haja indicação de que o impacto hidrológico do desmatamento seria menor que o imaginado, ocorre o oposto", afirma o biólogo Philip Fearnside, também do Inpa. A contribuição da Amazônia para as chuvas do resto do País, segundo ele, pode ser maior do que se imagina. "Podemos não saber a quantidade exata, mas é muito."
Senhor, pedimos a paz para o Universo que ela se manifeste com toda a força na mente dos governantes e reascenda a chama da luz,do amor e da
esperança para o bem da humanidade.
O homem verdadeiramente prudente
não diz tudo o que pensa,
mas pensa tudo quanto diz."
(Aristóteles )
A saudade não significa que estamos longe, mas sim que um dia já estivemos juntos. Fiquemos todos com a paz e o amor de nosso Senhor Jesus Cristo.
Tenha um ótimo dia. Fátima.
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Que a Paz do Senhor Jesus Cristo esteja sempre na sua Vida.
Nada neste mundo, faz sentido se não tocarmos o coração das pessoas.
"A bondade é uma capacidade de algumas pessoas que a compartilham e distribuem de forma continua. Este receber e compartilhar são de sua natureza, é uma parte de sua vida, portanto são seres abnegados e que compartilham somente o bem, o mal aceitam como parte da vida. "(D.a)
Tenha um dia lindo e abençoado!!
Beijinhossssssssss
Desta amiga de sempre: Fátima
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Existem pessoas que ao passarem por esse mundo, fazem do seu ideal a tarefa de levar amor e sensibilidade aos corações que delas se aproximam. Voce é uma delas. Procuro dizer o que sinto sem pensar em que o sinto. Procuro encostar as palavras à idéia.
E não precisar de um corredor do pensamento para as palavras.
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