Uma resultante proveniente de fatores que promovem o aquecimento e fatores que promovem o
resfriamento – Arrefecimento – Posicionamento científico imparcial e não tendencioso.
Aquecimento ou resfriamento ? - Influência de fatores espaciais ou extra atmosféricos no tempo
e na temperatura média do planeta.
Em princípio, tanto faz, desde que global e planetário possuem a mesma significação. No entanto, neste artigo, designaremos o aquecimento do planeta como “planetário” a fim de salientar a compreensão de que este fenômeno é uma resultante de vários fatores, uns positivos, que intensificam o efeito, e outros negativos, que o declinam. A distinção que aqui se faz é a de que o aquecimento planetário, ou global, não é uma simplista interpretação proveniente apenas da excessiva emissão de gases de efeito estufa pela ação humana ( CO2, metano e outros ).
Ademais, o termo “planetário” mostra-se mais adequado quando se refere ao aquecimento do planeta terra e não ao aquecimento do globo terrestre. O termo “globo” foi mais utilizado como ferramenta didática nas escolas e é mais relacionado à idéia de sociedade, como por exemplo, “compreensão global”, problemas globais e globalização. Portanto, como significativo físico, a palavra “planetário” é bem mais conveniente.
Um posicionamento científico não pode ser tendencioso, não pode ser limitante e muito menos imprudentemente afirmativo. Os sistemas complexos, como o são os macro-sistemas geológicos e espaciais envolvidos, longe estão de serem plenamente compreendidos. Quaisquer afirmações a respeito, embasadas apenas em hipóteses, necessariamente recaem no erro dos religiosos. Transformam psicologicamente suas crenças em verdades.
A busca científica pelo fato, da mesma forma que a busca religiosa pela pretendida verdade, deve caracterizar-se essencialmente pela imparcialidade. De outro modo estaria fadada à incoerência e ao fracasso.
Imbuídos desta consciência é que vamos admitir, agora, a validade dos fatores negativos, ou seja, aqueles que influenciam para a diminuição do aquecimento planetário e, em se intensificando, para o seu possível arrefecimento ou resfriamento.
Enumeramos, pois, e em primeiro lugar, as causas que concorrem positivamente para o aquecimento planetário, conforme esta visão sistêmica do problema :
1 – O aumento do teor de gases de efeito estufa.
2 – O desequilíbrio térmico provocado pelo desflorestamento de grandes áreas continentais
( ver Aquecimento Planetário II ) e a construção de áreas sólidas artificiais.
3 – O incremento de energia térmica na atmosfera por ação antrópica ( ver Aquecimento Planetário II ), na conversão de energias.
4 – O possível aumento, aparentemente irrisório, da energia solar em conseqüência da diminuição das transformações nos processos fotossintéticos (ver também links acima).
5 – O possível aumento na radiação da energia solar nos últimos cem anos ( Ver "Evidências do Aquecimento Global em....", e nos estudos de Mangini )
Causas que concorrem negativamente, ou seja, que tendem a diminuir a temperatura média do planeta :
1 – O aumento dos aerossóis, ou partículas suspensas. A poeira, a fumaça, a fuligem e as partículas orgânicas dispersas na atmosfera dificultam a passagem da luz solar e promovem uma menor entrada de energia, principalmente na atmosfera superficial. Como resultado, a temperatura tende a diminuir.
2 – O aumento do magnetismo solar direto, ou geral, experimentado provavelmente em anos de baixo número de manchas solares, potencializa a formação de nuvens e, consequentemente, diminui a entrada de energia radiativa solar na troposfera, ou atmosfera superficial.
3 - A diminuição na densidade e na aceleração do vento solar e a diminuição do número e do grau de intensidade das CMEs possibilitam a entrada franca dos raios cósmicos na baixa atmosfera. Como os raios cósmicos promovem uma maior formação de nuclídeos orgânicos, de gotículas e finalmente de nuvens, temos, consequentemente, uma maior cobertura de nuvens, um aumento da refletância da luz solar, e uma diminuição da temperatura. Soma-se ainda uma queda de temperatura pelo aumento provável das precipitações.
Quanto aos fatores positivos e negativos citados acima, podemos emitir três interpretações :
a - Se o aumento dos furos coronais e das CMEs, que ocorrem em anos de grande atividade solar, diminuir a formação de nuvens pela diminuição dos raios cósmicos, temos que, nos anos 2010 a, pelo menos, 2014, experimentaremos uma tendência de incremento nas temperaturas médias do planeta (no que depender desta causa).
b - Se o aumento dos furos coronais e das CMEs - que, por suas emissões de partículas sub-atômicas, diminuem a impactação dos raios cósmicos na baixa atmosfera ( o que tende a formar menos nuvens - raciocínio acima, em "a") - coincidir com um aumento no magnetismo solar (que tende a formar mais nuvens) nos próximos anos previstos para intensificação das atividades solares, temos que estas duas possíveis causas se cancelam, ou disto se aproximam, sendo insignificantes a sua interferência no aumento ou diminuição da temperatura média do planeta.
c - Se o aumento das atividades solares significar um aumento preponderante do magnetismo solar e um aumento na formação de nuvens, e nas precipitações (chuvas), então teremos para 2010 a 2014 (talvez até 2016) uma tendência de diminuição de temperatura (no que depender desta causa).
OBS - Se, ao invés do ciclo solar de 11 anos, considerarmos outros ciclos, como o de 22, então as implicações nas exibições de temperaturas terão se ser estendidas.
Podem outros fatores, positivos ou negativos, como possíveis alterações na condução do calor do núcleo da terra, serem admitidos na análise que determinará a resultante final : aquecimento, arrefecimento ou estabilização ? Certamente que sim.
Aquecimento ou resfriamento, global ou planetário ? O mais importante é a conclusão de que a humanidade deve saber posicionar-se diante de incertezas. Precaver-se das formas possíveis : por um lado, diminuir ou eliminar as causas do possível aquecimento (reflorestar as superfícies continentais, diminuir a introdução de energia endotérmica na estufa e diminuir a emissão de gases de efeito estufa) e, por outro lado, preparar-se tecnologicamente a fim de adaptar-se a possíveis alterações climáticas e geológicas. O princípio da precaução deverá nortear os caminhos para uma possível futura sociedade, além de uma possível futura relação harmoniosa entre homens e natureza.
Luiz Antonio Vieira Spinola, 31/12/2009
Para saber mais sobre a pesquisa que relaciona os fatores extra-atmosféricos, principalmente o magnetismo solar direto, com o tempo e o clima, clique aqui.
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